Estabelecemos base em casa da Gyta e passámos os últimos dias a “molengar” por perto. Vilnius é uma cidade calma com muito espaço. Ruas largas e Praças arejadas. Este fim de semana tivemos as festas da cidade. 4 ou 5 palcos com concertos a tarde e noite todas. Muitas bancas de comida e muita, muita gente. Na sexta foi dia de início de aulas e os pais estão dispensados do trabalho para irem com os filhos à apresentação. Fomos ao super mercado comprar umas buchas para o almoço e a cerveja ficou na caixa porque neste dia não se pode comprar álcool no super-mercado… mas pode-se beber na festa… Enfim, segundo percebemos uma lei de um governo que tem uma ministra da saúde que diz que a SIDA é um castigo de deus.
Ainda deu para ir fazer um treino de orientação num bosque perto numa zona com pouca visibilidade e que dificultava a leitura do mapa. Simpático, mas faltavam pedras ?.
Fomos ver um museu do kgb e ficámos a conhecer um bocado melhor a história do pais. Sem contar invasões anteriores, a Lituânia fazia parte do acordo secreto entre Hitler e Estaline como ficando para os soviéticos. Estes com a desculpa de proteger a Lituânia dos alemães, colocaram cá tropas que acabaram por invadir a Lituânia e impor o regime comunista. Posteriormente Hitler quebrou o acordo e invadiu a Lituânia, tornando-a palco de guerra entre os invasores. No fim da guerra continuou sob domínio soviético até ao fim do regime em 1991. Isso tudo com muitas deportações e e execuções à mistura..
Este fim-de-semana houve um Lituânia-Escócia em futebol e acho até não ficou ninguém de guarda. Vieram todos, e de kilt passadinho a ferro.
Também deu para ir fazer uma visita ao castelo de Trakai que fica numa ilhota em um dos milhentos lagos da zona.
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Bálticos, dia 11: de volta a Vilnius
Hoje é dia de voltar a vilnius e reencontrar a Gyta.
Pelo caminho ficou a visita a uma antiga base de mísseis nucleares da união soviética. Para a sua construção trouxeram soldados da eslovenia para evitar que a informação sobre a base fosse divulgada. Na zona ninguém sabia da base nem dos seus 4 mísseis apontados à Europa.
Passámos também pela famosa colina das cruzes. Dezenas ou centenas de milhares de cristos crucificados. Já tinha visto fotos, mas não há foto que dê uma imagem correcta do local. Foi várias vezes destruída pelo regime soviético mas novas cruzes eram colocadas até que foram finalmente abandonadas as tentativas de destruir o local (não sei se ainda durante i regime soviético ou depois)
E por fim Vilnius, a Gyta e … Dormir.
Bálticos, dia 10: de novo até à fronteira
Apanhámos o ferry em klaipeda para chegar à quase-ilha que protege toda a baía onde se encontra klaipeda. É uma longa faixa de terra com acesso ao mar do lado lituano mas que a meio tem fronteira com o exclave russo de Kaliningrado onde liga ao continente. Claro que fomos até à fronteira ver o que se passava e ao aproximar-mo-nos, a pé, da fronteira levámos com um guarda fronteiriço lituano de dois metros que nos disse “impossible” quando dissémos que andávamos só a ver se vistas.
Esta quase-ilha representa mais de metade da costa lituana e para aceder, além do ferry, tem de se pagar 5 euros (20 no verão) o que a torna numa zona de acesso só a alguns o que se pode ver no aspecto das casas.
É um pequeno paraíso com uma longa praia de areia branca ao longo dos seus +-40 quilómetros e com dunas com mais de 50 metros de altura.
Andamos por aqui a molengar o dia todo e depois seguimos para a costa e avançámos uns quilómetros para o interior que amanhã é dia de ir ter com a Guyta a Vilnius.
Bálticos, dia 9: ponta pé Kolka
De levantar ao mergulho no mar não param 5 minutos. Se vierem para estes lados, recordem o nome deste alojamento: Pilava. Seguimos viagem até Kolka, a ponta mais a norte na Letónia ocidental que fica dentro de um parque natural com praias de sua branca e fina rodeadas por pinhal. Ao entrar na praia vimos avisos sobre como lidar com as focas, mas infelizmente as dos avisos foram as únicas que viemos l vimos. O mar aqui é igual ao mar em todo o báltico, sem ondas, sem sal e sem profundidade. Mergulho e siga. Nesta zona vive uma das minorias com menos indivíduos da Europa, são cerca de 200 e chamam-se Vills (se não me falha a memória) e era a tribo que existia nesta paragem antes de chegarem os letões. Passámos por aldeias deles mas não notámos nada de diferente além das bandeiras. Continuamos em direção à Lituânia onde vamos ficar esta noite. Pelo caminho muitas cidades portuárias, muitas igrejas ortodoxas, e alguns apontamentos interessantes como a sala de concertos de sabesrlácomoéqueaquilosechamava podem ver na foto tirada do interior. O dia acabou em Liepaja onde amanhã vamos apanhar o céu ferry para ir visitar a coroa da costa lituana.
Bálticos, dia 8: Riga e costa a oeste.
Riga como qual qualquer capital tem muito para ver. Passámos o dia praticamente todo a passear “calmamente’ e a aproveitar as vistas. Claro que, sendo Riga uma cidade portuária, não faltavam os cruzeiros e as hordas de turistas. A cidade é muito grande, pelo menos quando comparada com Tallin o a torna menos cutchicutchi. A melhor maneira de a visitar é subir à torre da igreja… Qualquer coisa… De onde se consegue ver-lá toda ?. Enfim, para dizer a verdade não foi uma visita que me entusiasmou muito. Acho que não se devem visitar várias capitais de seguida. Começam a perder o encanto. Além disso começo a ficar muito farto de ver self-sticks.
Ao fim da tarde saímos em direção a oeste pela costa. Voltámos aos intermináveis pinhais e praias onde o mar teima em não passar do joelho por mais que se ande
Agora estamos em Roja num belo alojamento de onde se sai descalço para o mar que está a cinquenta metros atrevés de um belo pinhal.
Bálticos, dia 7: de Saarema a Riga
Hoje deixámos Saarema e com ela, a Estónia em direção a Riga na Letónia. Fizemos alguns paragens pelo caminho para visitar uma territas e chegámos a Riga já de noite. Parámos mesmo no centro e em poucos minutos encontrámos uma rede wi-fi e com ela e a ajuda do Booking um hostel a meia dúzia de passos e com um quarto à nossa espera. Não é o quarto mais jeitoso do mundo, mas a esta hora não se pode ser esquisito.
Riga é mais uma cidade a aproveitar o turismo ao máximo. São inúmeros os bares com música ao vivo, as esplanadas, cobertas e que ocupam muitas das gigantes praças, parecem de uma instância de verão, coloridas e barulhentas.
Amanhã vamos dar uma volta pela cidade sem barulho. Vamos ver qual a sensação que fica.
Bálticos, dia 6, ilha de Saarema
Hoje passámos o dia a visitar a ilha nas calmas. Fizemos uma bela caminhada cujo ponto forte é o farol inclinado que vêm na foto (se tudo correu bem e a foto tiver sido bem cortada, o farol é a única coisa que aparece na foto, vai contrario…). Acabámos o dia em Kuresaare, a única cidade digna desde nome na ilha.
Bálticos, dia 5: da movimentada Tallin ao sossego da ilha de Saarema
Hoje vou dia de dar à perna para visitar Tallinn. A cidade é muito jeitosa com inúmeros edifícios medievais, uma bela muralha com grandes torreões e os modernos estabelecimentos da praxe de qualquer cidade moderna.
Infelizmente como qualquer capital Europa actualmente estava apinhada de excursões. Muitos espanhóis e alguns chineses, japoneses e portugueses. Em conversa ficámos a saber que havia vários cruzeiros estacionados no porto.
Apesar disso aproveitámos para visitar a cidade nas calmas e só a meio da tarde nos fomos embora em direção à ilha de Saarema, ilha a que se chega num belo ferry que desliza pela água sem abanar um milímetro (verdade que as ondas são muito miseráveis) e sem fazer um ruído.
Foi chegar à ilha e rumar ao campismo e respectivo bungalow que tínhamos reservado nessa manhã onde chegámos já de noite.
Bálticos, dia 4: até ao fim da Europa como a conhecemos.
Hoje foi um dia de alguma centenas de quilómetros de condução. Saímos de Tartu cedo em direcção ao sul para ver algumas coisitas que nos tinham falhado, como por exemplo o ponto mais alto dia países bálticos com os seus majestosos 318 metros.
Depois foi sempre em direcção a norte com passagem pelo lago Pespi. O quinto maior da Europa (entretanto que já chegamos ao mar báltico não se nota diferença nenhuma entre eles: ondas que mal se vêem e água a perder de vista). Nas margens desse monstro há várias aldeias de “old believers”, uma seita de dissidentes da igreja ortodoxa que é famosa por ser obcecada por cebolas por causa dos seus supostos efeitos curativos. Enfim, toda a gente vende cebolas na garagem. Não faço ideia quem compra…
Para acabar o dia fomos até ao fim da união europeia que fica em Narva . É A pontinha oposta ao cabo de Sagres. A diferença é que de um lado há sardinhas e do outro há russos.
Estar em Narva dá uma sensação de explorador. O mundo conhecido acaba aqui e do lado de lá sabe-se lá o que pode acontecer. estou a ser dramático para aumentar o gozo que me deu estar ali à borda da fronteira mas a verdade é que não estávamos nada confortáveis. A cidade é feia, soviética e com trânsito caótico. Há demasiadas pessoas que nos chamam a atenção pelo seu aspecto ou comportamento errático, aparentemente ausente. Uma espécie de estação de santa Apolónia em que não sabemos se o desgraçado que vemos pelo canto do olho é mesmo um desgraçado ou se está à espera de uma oportunidade para nos gamar, mas em versão russa com dentes de ouro incluídos.
Ainda passámos pela praia de Narva que fica um pouco a norte, e que na verdade é que é o oposto de Sagres, onde o ambiente decadente desta ex-estancia de verão da era soviética também não era muito agradável.
Não sei se tínhamos razão para isso, mas a verdade é que estávamos um bocado nervosos com o ambiente e não descansámos enquanto não nos pusemos de lá para fora em direção a Tallinn, a capital Estónia, onde chegámos noite dentro e onde o ambiente, notoriamente europeu, nos deixou com outro animo.
Bálticos, dia 3: Estónia.
A nossa anfitriã fez-nos uma visita guiada pela manhã e depois seguimos viagem.
Continuámos a subir pelo interior em direção ao mar. A paisagem mantém-se: muito verde, muitos lagos, casas em madeira com jardins perfeitos e estradas em muito mau estado e obras até aí fim dos tempos.
Entrámos na Estónia sem dar por ela e seguimos até Tartun onde nos esperava o Janu que em duas semanas vai em Erasmus para Coimbra e em casa de quem íamos ficar.
O moço levou-nos a jantar a uma bela cervejaria que está no Guinness por ser a cervejaria com o maior por direto no mundo. Foi um paiol nota vida. De seguida fez-nos uma visita guiada pela bela terrinha e depois ÓÓ.
O edifício da Vita era um bloco de apartamentos da época russa e tinha uma particularidade que pensei que era dessa arquitectura, mas a casa do Janu, casa de madeira antiga remodelada também tinha, se calhar é moda pra aqui: sanita numa divisão miseravelmente pequena e chuveiro+lava-mãos noutra.