Category Archives: Política

Para quem acha que a Wikileaks só ataca os EUA

Rui Tavares sobre  a Wikileaks:

“…Mas não deixa de ser uma enorme ironia que a wikileaks possa ter crédito a reclamar por uma revolução democrática no médio-oriente arabo-islâmico. O Ocidente suspirou — ou fingiu suspirar — por essa fugídia criatura todo este tempo. Invadiram-se dois países, morreram centenas de milhares de civis e milhares de soldados, gastaram-se biliões de dólares, passaram dez anos. E, num mês e meio, a wikileaks teve sucesso onde a NATO falhou.”

Os Mercados II

E-Mail enviado ao Região de Leiria

Publicado na secção “Cartas do Leitor” no Região de Leiria de 3 de Dezembro

Francisco Figueiredo  na sua crónica “Das Margens do Liz” [última página da edição de 19 de Novembro] liga a taxa de juro à divida Portuguesa ao discurso dos políticos. Segue o pensamento geral de que, se nos portarmos bem, os mercados tratam-nos bem. Lamento, mas não tem sorte nenhuma. Esse discurso permanente dos órgãos de comunicação não tem pés para andar. Aconselho o Francisco a consultar os dados sobre as taxas de juros para Portugal e a Irlanda. Vai verificar que nos últimos meses andaram de mãos dadas; quando uma sobe a outra sobe, quando uma desce a outra desce. Das duas umas, ou na Irlanda os políticos têm o mesmo discurso nos mesmos dias que os políticos Portugueses ou então a taxa de juro não têm nada a ver com o discurso político interno. Eu aposto na segunda.

Cláudio Tereso
Marinha Grande

Os “mercados”

Estou um bocadinho farto dos “mercados”! Não podemos discutir que os “mercados” ouvem, não podemos peidar que os “mercados” cheiram…

Os “mercados” são uma grande tanga, é o que é. Ou melhor, os “mercados” querem dinheiro para prostitutas e droga.

Acham mesmo que o juro ao país varia por causa do que cá se passa ou deixa de passar?

gráfico surripiado do esquerda republicana : o misterioso caso dos neurónios desaparecidos.

Economia, nem só de Medinas Carreiras vive o Mundo

Boaventura de Sousa Santos na Visão

A opinião pública portuguesa está a ser intoxicada por comentaristas políticos e económicos conservadores – dominam os media como em nenhum outro país europeu – para quem o Estado social se reduz a impostos: os seus filhos são educados em colégios privados, têm bons seguros de saúde, sentir-se-iam em perigo de vida se tivessem que recorrer “à choldra dos hospitais públicos”, não usam transportes públicos, auferem chorudos salários ou acumulam chorudas pensões.

e James Petra na Voltaire

A partir do primeiro trimestre deste ano, os lucros das empresas [companhias petrolíferas, os banqueiros e muitas outras grandes empresas] dispararam entre vinte a mais de cem por cento…O acréscimo dos lucros empresariais é consequência directa do agravamento das crises da classe trabalhadora, dos funcionários públicos e privados e das pequenas e médias empresas.

Palestina

Tirado da Wikipedia:

“…

De 1517 a 1917 o império Otomano controla toda região (incluindo Síria e Líbano).

No século XIX (1880 em diante), judeus começam a migrar para a região comprando terras.

Durante a 1ª Guerra Mundial, o império Otomano apoia a Alemanha, acabando derrotado, com a ajuda de povos árabes que auxiliam às tropas aliadas, com a promessa da constituição de um estado árabe independente, no médio oriente. Na sequência do final da 1ª Guerra Mundial (1917), a parte sul do Império Otomano foi atribuído à Grã-Bretanha (Jordânia, Israel e Palestina) e à França (Líbia e Síria).

Em 1923 a Grã-Bretanha divide a sua zona em dois distritos administrativos, separados pelo rio Jordão, sendo que os Judeus apenas seriam permitidos na zona costeira, a oeste do rio (cerca de 25% da parte britânica). Os árabes dessa zona rejeitam a divisão, receando tornar-se uma minoria e incitados pelo crescente nacionalismo árabe no médio oriente, assim como apoiando-se no acordo pós 1ª Guerra Mundial.

A Grã-Bretanha entrega a resolução do problema às Nações Unidas em 1947. A Assembleia Geral das Nações Unidas determina a partilha da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe baseado na concentração das populações, através da resolução 181. A 14 de Maio desse ano os israelitas declaram a constituição do estado de Israel, levando à declaração de guerra por parte de Egipto, Jordânia, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque e Iémen. Nos 19 meses seguintes, na chamada Guerra da Independência, Israel acabaria por perder cerca de 1% da sua população, mas sairia vencedora, formando um pais maior que o inicialmente proposto pelas Nações Unidas dois anos antes. Egipto e Jordânia ocupam o território restante.

Em 1967, Egipto, Jordânia e Síria mobilizam os seus exércitos, com vista à destruição do estado Israelita. Naquela que ficaria conhecida como Guerra dos seis dias, Israel derrotou os três exércitos em outras tantas frentes, ocupando a península do Sinai (Egipto), Montes Golam (Síria) e Cisjordânia (Jordânia), incluindo o total controlo sobre Jerusalém. Desde esse ano Israel adoptou uma política destinada a promover a instalação de colonatos civis israelitas, expropriando terras aos palestinianos e construindo as casas para os seus cidadãos. Esta atitude é uma violação da Convenção de Genebra, que proíbe os vencedores de uma guerra de colonizar terras estrangeiras anexadas.

…”

Bonk, batemos no fundo.

Ilibar um corrupto com a desculpa ridícula de que o vereador que tentou corromper não era o certo, parece coisa tirada de filme série B ou de um país de terceiro mundo. Infelizmente não foi o caso… Esta história já tem umas semanas, mas merece ser relembrada com insistência, pelo menos até que o corrupto seja condenado e o juiz seja, pelo menos, despedido.

in Público : Caso Bragaparques: Relação absolve Domingos Névoa do crime de corrupção

Conspiração não é crime?

Há no caso das escutas um pormenor que não percebo. Não há consequências? Quer dizer, aparentemente temos uma pessoa próxima do presidente da república a conspirar contra o governo e não lhe acontece nada? Convém relembrar que um presidente dos EUA foi demitido por escutar a oposição. O que se passou foi uma tentativa de replicar esse acontecimento? Em que alhada estaria agora o nosso governo se o DN não tivesse publicado o fatídico e-mail? Como é possivel o presidente da republica fazer uma declaração sobre o assunto e não dizer UMA PALAVRA sobre o assunto e só falar de pormenores secundários? Como é possível que a personagem central, Fernando Lima, não tenha sido OBRIGADO a apresentar-se no parlamento para explicar ou desmentir a veracidade do dito e-mail? José Manuel Fernandes, quase-ex-director do Público, descaiu-se esta semana no Prós-e-Contras, e após ter dito que não confirmava nem desmentia a veracidade do e-mail, disse que o e-mail em causa era conhecido por 8 pessoas dentro do seu jornal!

Eu repito : Um assessor do presidente da república e 8 pessoas dentro do Público estavam a par, ou participavam, de uma conspiração contra o governo!

Visto que não há nenhum desmentido só posso partir do pressuposto que a história é verdadeira: Existiu uma conspiração entre Fernando Lima e pessoas dentro do Publico para derrubar o governo. Isto não é gravíssimo? Isto não é crime? Porque é que o Fernando Silva e respectivos cumplices não estão a ser julgados por conspiração?

Como cidadão Português, faço aqui um apelo a quem de direito para não deixar morrer esta história. Advogados, jornalistas, políticos… alguém! Por favor, OBRIGUEM o sr. Fernando Lima a explicar-se!

Prémio ESTUPIDEZ SUPREMA…

..para os políticos e comentadores que ontem achavam grave o computador do presidente não ser 100% seguro.

NENHUM computador é 100% seguro. Será que aquelas aventesmas não lêem noticias? Costuma aparecer noticias relacionadas com entradas em sistema da CIA e da NASA que suponho tenham informação mais importante, e portanto são muito mais seguros, que a rede da Presidência Portuguesa. É admissivel que pessoas com aquela responsabilidade sejam tão ignorantes sobre este assunto? NÃO!

Até o amigo Cavaco ficou escandalizado com a falta de segurança mas como diz Ferreira Fernandes:

“E o que dizer sobre o “fiquei a saber” – ontem acontecido a Cavaco, nas palavras do próprio – que os computadores de Belém são vulneráveis? O mais piedoso que há para dizer é que ele quis mesmo empurrar-nos para as suas suspeitas – manipular-nos, pois. Porque a outra hipótese, ele desconhecer, até ontem, que todos os computadores (de Belém à Casa Branca) são vulneráveis, essa hipótese é insultuosa para o Presidente de Portugal.

in DN

Cavaco, o palhaço triste

Do Presidente da República esperava-se que dissesse na altura certa:

  • “Não suspeito nem nunca suspeitei estar a ser vigiado pelo Governo”. Cavado disse-o ontem, acho eu…
  • “Os membros da casa civil têm todo o direito de trabalhar nos programas dos partidos que bem entenderem”. Cavaco disse-o ontem, acho eu…
  • “Nunca mandei nenhum assessor meu falar com um jornal”. Cavaco disse-o ontem.
  • “O facto de haver suspeitas disso [ponto anterio] é muito grave  e sobre isso tenho a dizer…”, Cavaco NÃO o disse ontem, limitou-se a dizer que duvidava.

Além disso, culpou o governo por esta trapalhada toda e omitiu os factos que justificavam as acções do governo e punham em cheque o PSD e a sua casa cívil.

Foi vergonhoso, foi mau demais para ser verdade!

Mais sobre o assunto aqui:

Muitos destes blogs, assim como eu, pedem a RENÚNCIA DO PRESIDENTE!