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Dias 1, 2 : Sob o signo do inferno
Não se pode dizer que tenham começado da melhor maneira as férias em direção à Eslovénia (mas que não devem chegar nem lá perto). O Andanças apesar de não ter ardido, esfumou-se, o parque de campismo do Pisão, onde costumamos ficar, e de onde fomos evacuados no Domingo, ia-se esfumando, literlamente; mas apesar de todas as previsões em contrário ainda lá está inteirinho.
Após termos sido evacuados estivemos a ajudar a preparar o parque para o, que pensávamos ser, inevitável confronto com o incêndio o que deu direito a alguns momentos de stress.
À noite fomos jantar a Santa Cruz da Trapa para nos prepararmos para os bailes da noite, mas o ambiente na vila tirou-nos a pouca vontade de festas e acábamos a noite a fazer companhia a um casal de uma aldeia que estava em risco de arder e como tal estavam ao longe encostados ao carro a olhar para o fogo e tentar adivinhar onde é que ele andava.
Portanto dançar: népias; e dormir: obrigou a improvisar nas duas noites que deviamos estar no campismo do Pisão.
Ainda passámos hoje pelo Pisão para cumprimentar o pessoal e ver os estragos (que não havia). O parque continua encerrado e o fogo ainda anda por perto…
Estamos neste momento a 100 Km de Salamanca a caminho de Burgos para irmos visitar o Ruben, e claro, cravar uma noite 😉
Dia 3 : Salamanca
Jantar: Rolito de salmao com queijo philadelphia; topping: cebola, cenoura, pimento vermelho, azeite; Fatia de pao tostado com topping de azeite, tomate e oregaos, coberto com uma fatia fina de presunto; Meia clara de ovo cozido recheada com a gema cozida misturada com atum, coberta com filete de anchova dobrado e palitado; Pseudo pastel de bacalhau/batata quente servido em cima de folhas de rucula
Salamanca tem um centro histórico/pedonal digno de ser visto. Grande e com inumeros monumentos (leia-se igrejas e afins) granditos e com alguns pormenores decorativos interessantes.
Deve haver mais cenas fixes para dizer, mas agora vamos dormir que amanhã há mais kms para parar e outras para ver.
Dia 4 : Burgos
E como já se previa o ritmo de viagem abranda à medida que vamos encontrando paragens obrigatórias. Burgos, que é uma cidade muito simpática, com muitas zonas verdes, ciclovias e claro, as sempre presentes tapas, é tambêm a cidade onde mora o Ruben, Um espanhol antipático, mas como nos vai oferecer um sitio para dormir, nós fazemos o esforço de estar com ele. Apesar do seu feitio, ficámos muito contentes por saber que tem um novo emprego 5 estrelas. Trabalha como assistente de produção numa “sala” de espectaculos municipal feita num antigo hangar de comboios, e é constituida pela zona de espectaculos (em pé) propriamente dita, bar, varia salas de ensaio que são alugadas aos grupo e estudio de gravação.
Burgos tem tambêm um interessante museu da evolução onde estão expostos vários fosseis humanos encontrados em Atapuerca (inscrito no UNESCO world heritage list).
Por alguma razão tótó, o texto que escrevi sobre Burgos foi com os porcos 🙁 [pelos vistos não tinha ido] Por isso, cá vai um resumo.
Burgos é uma cidade bonita com muito espaço e zonas verdes. Se tivesse que morar numa cidade longe do mar, Burgos seria uma forte candidata.
Já falei sobre o Ruben e o seu emprego fantástico no texto anterior, por isso não me vou repetir. Ficou só por dizer a simpática noite que passámos com ele e mais algun amigos (Português, Espanhol, Inglês e Francês, foram as linguas usadas) no “Patilhas”; um belo tasco com instrumentos musicais à disposição dos clientes.
Burgos é uma visita a repetir.
Dia 5 : Travessia de França
Atravessar França é sempre um prazer. França tem provavelmente o melhor atendimeto do mundo. Em qualquer loja que entremos somos sempre brindados com um sorriso de orelha a orelha. E se essa loja for uma das inumeras patisseries que se encontram nas pequenas mas bem conservadas e limpas aldeiazinhas por onde passa a nossa estrada, então estamos no céu.
Dia 6 : Alpes Franceses
Cá estamos nós nos Alpes. Decidimos não atravessar ainda a fronteira e continuar no lado Francês que nos parece mais amistoso. Erro crasso. A França Alpina é um bocado bronca, não especialmente simpática e além disso, cara como a porra! As cidades à volta do lago são grandes e descaracterizadas. O parque de campismo apesar de bom tinha pormenores parvos, como por exemplos chuveiros onde eu mal cabia em zonas mistas (tinha que mudar de roupa dentro do chuveiro). Amanhã, atravessamos para a Suiça (Genebra) que é mesmo aqui ao lado. Esperemos que seja mais interessante, e já agora que tenha mais aspect de Alpes que isto aqui nem por isso.
Dia 7, 8 : Interlaken (é verdade, duas noites)
Agora sim, estamos verdadeiramente nos Alpes. Interlaken é uma vilazinha de montanha enfiada num vale, entre dois lagos ligados por um canal. O ambiente geral é de descontração e por todo o lado se vê ciclistas e malta a caminhar. No ar vêem-se para-pentes e no lago alguns kayaks e tambêm barcos de cruzeiro. O nosso campisto fica entre o canal e uma das inumeras linhas de comboio que por aqui há.
Durante a tarde demos a volta ao lago e passámos num belo hotel para backpackers de preço bastante razoável e com uma excelente oferta de actividades. Acho que dava para passar lá duas semanas de férias com actividades diferentes todos os dias.
Neste momento (21:00) estamos sentadinhos em belas cadeiras de verga com vista para o canal e a fazer absolutamente nada e amanhã… Logo se vê.
Interlaken é a Meca da malta dos desportos de montanha. Nem vale a pena tentar enumerar a quantidade de actividades que se vê praticar por todo o lado. As paisagens são de tirar a respiração (especialmente se, como eu, tivermos vertigens e estivermos pendurados num teleférico a 400 metros do chão). E por falar em vertigens, hoje vi a minha primeira ponte suspensa pertencente a uma via ferrata; fabuloso.
No meio disto tudo, só há dois problemas: – continuo com dores no pé sempre que ando mais que meia duzia de minutos – começou a chover esta tarde e segundo as previsões, é para durar uns dias.
É a vida…
Dia 9 : RegioExpress Lötschberger & Thun
Choveu desde ontem ao meio da tarde até hoje de manhã, o que tornou o levantar do acampamento uma divertida e bem passada hora.
Ir à Suiça e não andar de comboio não se faz, e como estava de chuva, nada melhor que apanhar um belo comboio para ver as vistas. Saímos de Interlaken em direcção a Spietz para apanhar o Lötscgberger, mas fomos pelo lado mais longo do lago que tem vistas muito jeitosinhas.
Dia 10 : Bern
O campismo de Bern é um imenso relvado sem qualquer especie de marcação para delimitar as tendas, o que dá um aspecto muito “limpo” ao parque. Junto ao parque corre, ferozmente diria eu, o rio Aare de um azul/verde lindo. Do outro lado do rio, temos o zoo, que tem uma parte gratuita. As instalações são impecaveis e as pessoasl, como a esmagadora parte dos Suiços com quem falámos (e são muitos, porque nós metemos conversa com toda a gente) são bastante simpáticas. Ao lado do parque outro relvado onde os locais aproveitam o rio e onde inclusivé “aterram” rafts. E para completar em beleza, WIFI na tenda!
Quando chegámos a recepção, o recepcionista perguntou-nos quantas noite iamos ficar. Depende da beleza de Bern. Então vão ficar muito tempo, Bern é a cidade mais bonita do mundo.Ena, que exagero, pensei na altura. Mas bastaram 5 minutos em Bern para concluir que ele se calhar não está muito enganado. A parte antiga de Bern fica aninhada no interior deuma curva em U do rio Aare. No meio, passa uma larga avenida onde só passam transportes publicos (e o ocasional turista Português armado e, nabo), bicicletas e peões. De cada lado da avenida, lojas ocupam edificios antigos e junto ao chão portas para caves que antigamente deviam ser armazens e agoea são lojas, restaurantes e inclusivé um cinema de cinema alternativo que devia ter cerca de 40 lugares. No topo da avenidas temos a estação dos comboios; gigante, movimentada, com casas de banho pagas, mas com chuveiros. Muito porreiro, podemos tomar banhof na Bahnhof!
Dia 11 : Luzern
Depois de um belo passeio matinal junto ao rio Aare desde o campismo até ao Zoo onde demos uma volta na zona gratuita, rumámos a Luzern; mais um destino improvisado para fugir da chuva. Luzern é uma cidadezinha junto a um lago e por onde corre um belo rio atravessado por duas pontes de madeira cobertas. A cidade é gira, mas a sua maior atração é o monte Pilatus e que segundo consta tem o comboio mais inclinado do mundo com inclinações a chegar aos 48%. Hoje, se não me engano, comemos a segunda refeição em restaurante, desde que estamos na Suiça. Assim com a primeira, ficou por volta dos 50 , o que se aguenta de vez em quando, mas sempre não dava; por isso a malta tem-se abastecido nos Coop (os continentes cá do sítio) de pão, sumo, cenas para o pão, e claro saladas, isto porque, para quem não sabe, a João é saladivora.
Dia 12 : Pilatus e travessia dos Alpes
Hoje subimos o Pilatus pelo famoso comboio. Ao contrário do que inicialmente pensei, o tipinho não é puxado por cabos; o que seria impraticavel, tal é a dimensão do percurso. Para subir, o comboio está equipado com duas rodas dentadas que encaixam num carril dentado que está entre os carris das rodas. No topo está montado todo um aparato turistico com loja de lembranças, restaurante e hotel. Além disso existem alguns percursus pedestres com vistas de arregalar o olho.
Com o tempo a melhorar decidimos voltar às montanhas, mais exactamente a Visp que é uma boa base de ataque para o Matterhorn. Para lá chegarmos tivemos de atravessar o que julgo ser a cordilheira principal dos Alpes. A travessia é feita por uma série de paisagens carregadinhas de quedas de água, picos brancos, rios, hoteis, ciclitas, e, pelo menos uma, fabulosa e fantástica ponte suspensa. A dita ponte, com cerca de uma centena de metros, que fica a pouco mais de 500m metros, de caminhada leve, da estrada, atravessa um rio que fica lá bem em baixo no fundo. Muito Porreiro, pá!
Dia 13 : Matterhorn
Mais uma noite, mais um parque de campismo. A routina quase diária de procurar campismo, montar acampamento, dormir, e voltar a desmontar tudo outra vez, não mata e não moi, antes pelo contrário. Mas hoje não vamos desmontar; vamos até Zermatt (a terrinha mais perto do MatterHorn) ver o que houver para ver e voltar antes das 20h, para aproveitar a fabulosa piscina do parque de campismo. Piscina, que como viriamos a saber mais tarde tem uma fonte de água quente a jorrar para dentro dela.
E lá fomos nós direitos a Täsch para apanhar o comboio para Zermatt. Tem de se apanhar o comboio porque Zermatt é uma cidade sem carros, a não ser os electricos.
Zermatt fica no inicio de um vale e portanto rodeados de montanhas por quase todos os lados. De lá partem teleféricos para todas as encostas onde, após subirmos, podemos simplesmente apreciar a paisagem ou aproveitar um dos muitos percursos marcados. Também podemos, obviamente, subir a pé
Da oferta disponivel, optámos por apanhar o teleférico que nos coloca mais perto do Matterhorn. Do ponto de chegada do teleférico (cerca de 1000 metros acima do ponto de partida) há um percurso de alguns kilometros e mais umas centenas de metros de desnivel que nos leva mesmo à base do Mattherhon. Com várias paragens para comer, o percurso (que tem excelentes vistas e passagens de encolher o estomago), demorou-nos de ida e volta cerca de 4 horas, ou mais exactamente 15 minutos a mais do que deveria. Isto porque por alguma razão estranha o teleférico acaba às 17h, e quem desceu desceu, quem não desceu, tramou-se com f.
E pronto, lá fomos nós e mais meia dúzia de desgraçados montanha abaixo até Zermatt. A paisagem é bonita, mas depois de 4 horas de caminhada, mais 2h30, quase ao anoitecer, era coisa que dispensávamos, e além disso, lá se foi o mergulho na piscina.
Claro que no dia seguinte vingámo-nos e só saimos da pisicina quando… estávamos fartos de lá estar Pumba!
Dias 14, 15 : vrumm vrummm
Após o mergulho matinal na bela piscina começou a odisseia de voltar a Portugal: Conduzir, conduzir, comer, conduzir, frança quase atravessada, montar tenda junto a lago, domir, levantar tenda assim que o sol nasce para evitar visita da policia, comer, conduzir, conduzir, Burgos, Olá Ruben; obrigado pelo almoço e pelo banho, adeus Ruben, conduzir, conduzir, Parque de campismo do bioparque do Pisão, Terminar modo de viagem…
Dia 16 : Puft, Acabaram-se as férias
O último dia das férias correu, ou melhor passeou, bem devagarinho à boa vida na piscina do bioparque do Pisão e restaurantes limítrofes. Um belo fim de férias. Aguardemos pelas próximas 🙂
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Em Viagem : Espanha
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Em Viagem : França [flickr-gallery mode="photoset" photoset="72157624671533429/"]
Destino Final : Suiça [flickr-gallery mode="photoset" photoset="72157624800537752"] [tab:Percurso]
…em construção…
Ver Férias Agosto de 2010[urldisplaymode=nomap] num mapa maior
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