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Genocídio em lume brando

Enjaulá-los e deixá-los morrer lentamente é como aquele conhecido processo de cozer o sapo lentamente: ele só se apercebe quando é tarde demais. O mesmo se vai passar com o estado Palestiniano, quando alguém (EUA, Europa) decidir fazer alguma coisa, já vai ser tarde demais.

O processo de paz israelo-palestiniano vai se arrastar até não haver Palestinianos para cumprir o tratado. Com mortalidades para menores de cinco anos de 20 por 1000 (quase 4 vezes superior à de Israel) e com bloqueios que não deixam entrar praticamente nada além do mínimo para não deixar os Palestinianos morrer à fome (ou como disse Dov WeissGlass, chefe de gabinete de Ariel Sharon, “colocamo-los de dieta”), não tenho dúvidas que daqui a 100 anos o Holocausto Nazi e o Lume Brando Israelita vão ser recordados “para que não volte a acontecer”.



Palestina

Tirado da Wikipedia:

“…

De 1517 a 1917 o império Otomano controla toda região (incluindo Síria e Líbano).

No século XIX (1880 em diante), judeus começam a migrar para a região comprando terras.

Durante a 1ª Guerra Mundial, o império Otomano apoia a Alemanha, acabando derrotado, com a ajuda de povos árabes que auxiliam às tropas aliadas, com a promessa da constituição de um estado árabe independente, no médio oriente. Na sequência do final da 1ª Guerra Mundial (1917), a parte sul do Império Otomano foi atribuído à Grã-Bretanha (Jordânia, Israel e Palestina) e à França (Líbia e Síria).

Em 1923 a Grã-Bretanha divide a sua zona em dois distritos administrativos, separados pelo rio Jordão, sendo que os Judeus apenas seriam permitidos na zona costeira, a oeste do rio (cerca de 25% da parte britânica). Os árabes dessa zona rejeitam a divisão, receando tornar-se uma minoria e incitados pelo crescente nacionalismo árabe no médio oriente, assim como apoiando-se no acordo pós 1ª Guerra Mundial.

A Grã-Bretanha entrega a resolução do problema às Nações Unidas em 1947. A Assembleia Geral das Nações Unidas determina a partilha da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe baseado na concentração das populações, através da resolução 181. A 14 de Maio desse ano os israelitas declaram a constituição do estado de Israel, levando à declaração de guerra por parte de Egipto, Jordânia, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque e Iémen. Nos 19 meses seguintes, na chamada Guerra da Independência, Israel acabaria por perder cerca de 1% da sua população, mas sairia vencedora, formando um pais maior que o inicialmente proposto pelas Nações Unidas dois anos antes. Egipto e Jordânia ocupam o território restante.

Em 1967, Egipto, Jordânia e Síria mobilizam os seus exércitos, com vista à destruição do estado Israelita. Naquela que ficaria conhecida como Guerra dos seis dias, Israel derrotou os três exércitos em outras tantas frentes, ocupando a península do Sinai (Egipto), Montes Golam (Síria) e Cisjordânia (Jordânia), incluindo o total controlo sobre Jerusalém. Desde esse ano Israel adoptou uma política destinada a promover a instalação de colonatos civis israelitas, expropriando terras aos palestinianos e construindo as casas para os seus cidadãos. Esta atitude é uma violação da Convenção de Genebra, que proíbe os vencedores de uma guerra de colonizar terras estrangeiras anexadas.

…”

“América a Bem ou a Mal”

Para os mais distraídos – e para os mais cínicos – os EUA são um país dito normal ou ocidentalizado, que é um termo muito em moda e que cai sempre bem. A verdade é que os EUA não são um país, são pelo menos dois.

Um que é parecido com a Europa, lúcido e ciente do seu lugar no mundo como um país como qualquer outro, enfim, talvez um bocadinho melhor.

E o outro? Bem, o outro é uma espécie de Europa medieval, furiosamente louca com todos os que não concordam consigo e que TEM de à força dominar o mundo, porque foi esse o destino que DEUS lhes deu. É esse país, de pensamento estranho para nós, – que só reconhecemos no fundamentalismo islamismo e que recusamos aceitar existir noutras latitudes – que tem dominado os EUA nos últimos anos. Este país conhecido como “Bible Belt” deu-nos algumas personagens “simpáticas” como Dick Cheney, Donald Rumsfeld e  George W. Bush que a pretexto de estarem a fazer o trabalho de deus – entre outras desculpas – invadiram o Iraque. São estes e outros como eles que fornecem armamento a Israel porque, como vem escrito na biblia, aquela zona do planeta foi dado aos israelitas por deus e como tal é seu por direito!

Felizmente as coisas estão a mudar com a nova presidência Americana, mas não pensem que podemos ficar descansados. É que enquanto a América “normal” aceitou democraticamente e sem contestação violenta as governações da América nacionalista/religiosa, o contrário não se vai/está a passar.  Basta assistir ao canal noticioso Fox para ver como os nacionalistas estão a reagir MUITO mal à perda de poder. Na Fox passam-se coisas deste género:

“… The only chance we have as a country right now is for Osama Bin Laden to deploy and detonate a major weapon in  the United States…”
Dito por Michael Scheuer, ex-chefe da unidade da CIA de contra-terrorismo responsavel por capturar Bin Laden, referindo-se ao facto de administração Obama ter uma postura muito “soft” em relação ao terrorismo e que vai levar à “derrota” dos EUA.

Quando li, há alguns meses, a previsão do analista Russo, Igor Panarin, sobre a divisão dos EUA em vários países achei que ele era louco, mas agora já não tenho tanta certeza.

Acham que estou a divagar? Se alguém divaga não sou eu, porque (quase) tudo o que aqui escrevi são teorias defendidas no livro “América a Bem ou a Mal” de Anatol Lieven, Tinha da China, 2007 e que nos leva a conhecer o fanatismo nacionalista existente nos EUA. Aconselha-se vivamente a quem esteja, realmente, interessado em conhecer melhor o famoso país do sonho.

Mais em:

Marinha Grande, Agosto de 2009

A guerra pela estupidez suprema continua

Está cada vez mais dificil de decidir quem leva o prémio, se os mulçumanos radicais se os judeus utra-ortodoxos.

“… o semanário Shaa Tova fez sumir Sofa Landver e limor Livnat da foto da equipa de Benjamin Netanyahu. A ministra da integração foi desintegrada, tal como a da Cultura. Em vez das mulheres, há buracos pretos. O diário religioso Yated Ne’eman recorreu à fotomontagem. Dois ministros que estavam no canto da fotografia foram, por magia, aproximados de Netanyahu….A impresa haredita [ultra-ortodoxa] não publica imagens de Tzipi Livni, líder do Kadima, nem menciona o seu nome próprio”

Tirado do Courrier Internacional de Junho 2009