E estamos a queimar os últimos cartuchos. A João tem voo de manhã e eu ao fim da noite.
Aproveitámos para umas visitas a uns museus, mas infelizmente o que consta ser o mais interessante está fechado para remodelação e como tal tivemos de nós contentar com os museus etnográficos/de arte tradicional. E se em Portugal isso quer dizer arte sacra e o Cristo em todas as posições e formatos, lá para aquele lado quer dizer budas e mais budas. Já vi budas que chegue para uma vida inteira :p
Para desenjoar, fomos à procura de muay thai. A João teve azar porque só havia no último dia à tarde depois do voo dela, por isso fui ver sozinho.
Foram seis combates, mas sem lutadores de topo, por isso nada de muito especular, mas ainda deu direito a um ko por cotovelada nos queixos.
Os combates dão muitos rituais com os lutadores a gastarem quase tanto tempo com rezas como à porrada e o acompanhamento musical ao vivo que acompanha o ritmo da luta é muito fixe.
Já para não falar do público a fazer apostas entre eles em tempo real.
E foi o episódio final desta aventura tailandesa que nos levou do caos tóxico de Bangkok às maravilhosas ilhas mais a sul.
Voltar? Talvez, mas sem passar por Bangkok sff.
Por falar em Bangkok, na última noite ficámos no Bangkok Story, um novo e bastante agradável hotel que destoa completamente com o que o rodeia. Ao falar com o moço que estava de serviço, ele explicou-me que os locais passam o tempo nos centros comerciais. Só os turistas é que andam nas ruas :p
E a verdade é que Bangkok só faz lembrar um filme pós apocalíptico em que a população vive no chão junto ao lixo e as classes médias e altas só circulam em edifícios isolados, neste caso pelo ar condicionado, muitos metros acima.
Notei isso bastante nas viagens de barco, via-se nas margens o caos velho e decadente dos edifícios antigos e aqui e ali, varandas de bares/restaurantes com ar moderno.
Bangkok, love it or hate it. Eu fico-me pela segunda opção.