Balcãs, dia 11: kosovo

O kosovo é daqueles sítios que todos ouvimos falar e que nunca nos ocorreu que alguma vez iríamos visitar. Antes da Rússia invadir a Ucrânia as últimas guerras na Europa tinham passado por aqui. Neste momento ainda há milhares de militares da NATO na região em missão de manutenção da paz.

Foi por isso com alguma curiosidade (e apreensão) que nos dirigimos para a fronteira. Apreensão que só aumentou quando no telefonema do dia anterior para a agência de rent a car nos informaram que a seguradora não cobria o kosovo, coisa que não nos tinham dito antes. 
Fomos verificar e efectivamente o motivo l kosovo não faz parte dos países abrangidos pela carta verde mas existe um “seguro de fronteira” que se faz por sete dias quando se entra no kosovo para resolver o problema. Menos mal. 
Menos mal, pensávamos nós, mas na fronteira disseram-nos que como o carro era da sérvia não precisava do seguro. Nós ainda tentámos insistir mas nada e se houvesse problemas a seguradora fazia-nos, de certeza, um toma. 
Portanto a decisão foi limitar o tempo no kosovo ao mínimo e conduzir com cuidados ultra-redobrados. 
O plano era simples, ver duas das três cidades recomendadas no guia e subir para a servia ainda no mesmo dia. 
A primeira foi Pec que segundo o guia era uma cidade de acesso às rotas pedestres de longo curso nos Alpes Dinaricos. Imaginámos uma bela cidade de montanha com as suas casas em madeira e tal e coiso.. Pois pois, uma cidade tipo Marrocos foi o que nos saiu na rifa. Caos no trânsito, sem sítios para estacionar e os carros parados por todo o lado, um centro com centenas de lojas de tralha com os vendedores sentados à porta com ar de profundo .. nada no olhar e onde a roupa oficial parecia ser o fato de treino. Isto começa mal….
Demos uma volta, bebemos um chá e rumámos à capital, pristina. 
Mais uma vez fomos brindádos com intermináveis obras e confirmámos a presença das tropas da NATO que vimos circular pelas estradas. 
Pristina foi uma lufada de ar fresco. Apesar de haver alguns edifícios a precisar de obras, a avenida pedonal principal tinha um ar moderno e centenas/milhares de pessoas que não usavam fatos de treino passeavam. 
Mas mais uma vez o diabo está nos pormenores. A biblioteca nacional está velha e a precisar de obras. Aqui e ali viam-se ministérios/secções de ministérios em instalações pouco dignas, o que me deu a impressão de “fica aqui porque é o que se arranja” e um pouco por todo o lado vê-se placas a informar o apoio de países terceiros, especialmente os EUA. Ser um país tem custos e nota-se a milhas que o kosovo não tinha capacidade para o ser. Eu diria que se não fossem os apoios externos já tinha implodido.
Pristina visitada sem incidentes rodoviários, siga para a servia antes que a sorte acabe. Felizmente eram só mais umas dezenas de quilómetros, em obras claro 

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