Para quem acha que a Wikileaks só ataca os EUA

Rui Tavares sobre  a Wikileaks:

“…Mas não deixa de ser uma enorme ironia que a wikileaks possa ter crédito a reclamar por uma revolução democrática no médio-oriente arabo-islâmico. O Ocidente suspirou — ou fingiu suspirar — por essa fugídia criatura todo este tempo. Invadiram-se dois países, morreram centenas de milhares de civis e milhares de soldados, gastaram-se biliões de dólares, passaram dez anos. E, num mês e meio, a wikileaks teve sucesso onde a NATO falhou.”

Civismo à Portuguesa

Fizeste merda? Foge com o rabo à seringa, pode ser que fiques impune.

e-mail que anda a circular :

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Se cometerem uma infracção grave ou muito grave ao Código da estrada…

*NÃO PAGUEM VOLUNTARIAMENTE.**

….[bla bla bla ladrões,bla bla bla politicos ladrões, bla bla bla polícias ladrões]…

Se optarem pelo Depósito e pela impugnação da contra-ordenação, obrigam os serviços administrativos da DGV e os Governos Civis a ficarem entulhados de processos para responder e dar seguimento.

Muitos desses processos vão prescrever.

Pode ser que o vosso também prescreva.

Nunca deixem de apelar e de impugnar.

A Constituição Portuguesa fornece-vos esse direito.

USEM-NO.

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Portanto, a solução para os problemas “causados” pelos políticos e os policias  é não pagarmos pelos nossos crimes.

Quando alguém que reencaminhou esta bela parvoíce tiver um acidente, causado por um senhor em transgressão, vai-se queixar que os policias não fazem o trabalho deles. Vamos longe, vamos!

Olha olha, mais um capítulo da saga “Santa Parvoice”

Diz o caríssimo bispo de Córdoba:

“El “ministro” de la familia en el gobierno del Papa, el cardenal Antonelli,  me comentaba hace pocos días en Zaragoza que la Unesco tiene programado para los próximos 20 años hacer que la mitad de la población mundial sea homosexual”

Tirado da “Homilía de Mons. Demetrio Fernández González, Obispo de Córdoba, en la fiesta de la Sagrada Familia. Catedral de Córdoba, 26 de diciembre de 2010

Certificação de Software de Facturação

E-mail enviado ao Diário de Noticias e ao Região de Leiria.

  • Publicado, ligeiramente abreviado, no DN  do dia 14/12/2010 com o título “Quem manda no País”.
  • Publicado, ligeiramente abreviado, no Região de Leiria do dia 23/12/2010 na secção “Cartas do Leitor” com o título “Quebra-cabeças para as empresas”.


Nos últimos anos tem sido pedido às empresas um esforço significativo nas suas obrigações fiscais. Esse esforço é não só financeiro devido à obrigatória constante actualização de software, mas também organizativo devido à necessidade de alteração de processos. A certificação de software que dita cegamente que não se pode alterar documentos que se destinem aos cliente depois de finalizados, é um grande quebra cabeças para as empresas especialmente para as que fazem exportação. Entendo que seja necessário evitar a fuga ao fisco e que este é um bom método, apesar de na minha opinião as grandes dificuldades que causam em quem cumpre anularem completamente as vantagens do sistema. O que já não compreendo é a alínea da portaria que diz que “excluem-se do disposto … os programas de facturação utilizados por sujeitos passivos que … utilizem software produzido internamente ou por empresa integrada no mesmo grupo económico”, ou traduzindo para Português : “estão isentos deste grande molho de brócolos os grandes grupos económicos”.

É muito triste ver que apesar da crise e das exigencias que nos pedem quem manda no país não são os politicos eleitos mas as empresas que os apoiam e financiam. A constatação cada vez mais evidente, de que não vivemos numa democracia mas numa plutocracia, enoja-me e entristeci-me.

Cláudio Tereso
Marinha Grande

Contos e moralidades bacocas

E-mail enviado ao DN em resposta ao “conto de natal” do Sr. Neves:

Os contos e as suas respectivas parábolas, analogias, morais e lições de vida não são espelhos da realidade. São visões distorcidas e parciais da visão que o autor tem sobre o mundo.

No seu ternurento conto de Natal, João Cesar das Neves faz uma analogia entre a crise financeira e a nossa divida com deus. Bonito (especialmente se tirarmos o fundamentalismo mais básico da frase “A única forma verdadeira de viver é numa total e profunda dependência deste Deus que nos dá tudo.”) mas parcial, é claro. Analogia idêntica podia ser feita entre a crise financeira e o “nosso” investimento feito em deus : “Pedro investiu tempo, suor, sangue e dinheiro na sua fé em deus, teve um azar na vida e quando foi pedir dividendos do seu investimento descobriu que deus era virtual (uma espécie de fraude em pirâmide), e não só não obteve dividendos como perdeu todo o seu investimento.”.

Qual dos dois contos está certo? Ambos e nenhum! São Estórias, servem para entreter, mais nada!

Porque é que o Natal é a 25 de Dezembro

Tirado da Wikipedia (mas lido em muitos outros sitios)

A celebração do Natal Cristão em 25 de dezembro surgiu por paralelo com as solenidades do Deus Mitra, cujo nascimento era comemorado no Solstício (de inverno no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul). No calendário romano este solstício acontecia erroneamente no dia 25, em vez de 21 ou 22.

Acontece que a Igreja Católica em contraposição ao culto prestado a Mitra, adotou o mesmo dia para qual seria realizado a comemoração ao nascimento de Jesus Cristo. Era costume da Igreja Católica pegar elementos pagãos para santificá-los, sem que, com isso, tornar-se defeituosa a fé cristã, ou seja, não alterava a essência de suas crenças. Isso tudo para trazer conversões. Diz Cardeal John Henry Newman em referência a outras adoções: “O emprego de templos, e estes dedicados a certos santos, e enfeitados em ocasiões com ramos de árvores; incenso, lâmpadas e velas; ofertas votivas ao restabelecer-se de doenças; água benta; asilos; dias santos e estações, uso de calendários, procissões, bênçãos dos campos, vestimentas sacerdotais, a tonsura, a aliança nos casamentos, o virar-se para o Oriente, imagens numa data ulterior, talvez o cantochão e o Kyrie Eleison [o canto “Senhor, Tende Piedade”], são todos de origem pagã e santificados pela sua adoção na Igreja.” (Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã)

Os romanos comemoravam na madrugada de 24 de dezembro o “Nascimento do Invicto” como alusão do alvorecer de um novo sol, com o nascimento do Menino Mitra.

É muito possível que o cristianismo tenha plagiado também o Mitraísmo aderindo às comemorações no dia 25 de dezembro.

Esta foi a razão que levou algumas vertentes do cristianismo,como por exemplo as Testemunhas de Jeová, a não participarem de festividades natalinas.

Os Mercados II

E-Mail enviado ao Região de Leiria

Publicado na secção “Cartas do Leitor” no Região de Leiria de 3 de Dezembro

Francisco Figueiredo  na sua crónica “Das Margens do Liz” [última página da edição de 19 de Novembro] liga a taxa de juro à divida Portuguesa ao discurso dos políticos. Segue o pensamento geral de que, se nos portarmos bem, os mercados tratam-nos bem. Lamento, mas não tem sorte nenhuma. Esse discurso permanente dos órgãos de comunicação não tem pés para andar. Aconselho o Francisco a consultar os dados sobre as taxas de juros para Portugal e a Irlanda. Vai verificar que nos últimos meses andaram de mãos dadas; quando uma sobe a outra sobe, quando uma desce a outra desce. Das duas umas, ou na Irlanda os políticos têm o mesmo discurso nos mesmos dias que os políticos Portugueses ou então a taxa de juro não têm nada a ver com o discurso político interno. Eu aposto na segunda.

Cláudio Tereso
Marinha Grande

Os “mercados”

Estou um bocadinho farto dos “mercados”! Não podemos discutir que os “mercados” ouvem, não podemos peidar que os “mercados” cheiram…

Os “mercados” são uma grande tanga, é o que é. Ou melhor, os “mercados” querem dinheiro para prostitutas e droga.

Acham mesmo que o juro ao país varia por causa do que cá se passa ou deixa de passar?

gráfico surripiado do esquerda republicana : o misterioso caso dos neurónios desaparecidos.

Itália : O país anedota

Aplica-se à Itália aquele fantástico ditado : “Só visto, contado ninguém acredita”.

1.Tem um primeiro-ministro que se diz católico e é um dos homens mais asquerosos (eu parto do surreal princípio que ser católico DEVIA ser incompatível com ser asqueroso) que alguma vez abriu a boca com um microfone à frente.

no Público:

É melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay…

…A declaração surge quando a oposição pede a demissão de Berlusconi após a alegações de que ele teria ajudado uma jovem de 17 anos que esteve em festas na sua casa, pedindo à polícia que libertasse a rapariga, detida por suspeitas de furto. O primeiro-ministro italiano recusa-se a pedir desculpas e recusa ter tido algum comportamento menos próprio.

Claro que anda tudo a falar do que ele disse, que não interessa nada, já sabe que ele é estúpido e esqueceram completamente o que interessa: Já é, pelo menos, a segunda vez que este mrds* aparece a pagar a menores para estarem presentes nas suas festas particulares!

2.Sempre foi para a frente a lei que permite suspender jogadores de futebol que blasfemem (blasfémia : Dito ímpio ou insultante contra o que se considera como sagrado.) como eu tinha referido aqui.

no  Público:

…Nicola Pozzi foi suspenso na quarta-feira por um jogo por ter alegadamente proferido, no final do jogo de domingo contra o Cesena, para a Liga italiana, a expressão tida como ultrajante “Porco Dio” (Porco Deus)….”

Economia, nem só de Medinas Carreiras vive o Mundo

Boaventura de Sousa Santos na Visão

A opinião pública portuguesa está a ser intoxicada por comentaristas políticos e económicos conservadores – dominam os media como em nenhum outro país europeu – para quem o Estado social se reduz a impostos: os seus filhos são educados em colégios privados, têm bons seguros de saúde, sentir-se-iam em perigo de vida se tivessem que recorrer “à choldra dos hospitais públicos”, não usam transportes públicos, auferem chorudos salários ou acumulam chorudas pensões.

e James Petra na Voltaire

A partir do primeiro trimestre deste ano, os lucros das empresas [companhias petrolíferas, os banqueiros e muitas outras grandes empresas] dispararam entre vinte a mais de cem por cento…O acréscimo dos lucros empresariais é consequência directa do agravamento das crises da classe trabalhadora, dos funcionários públicos e privados e das pequenas e médias empresas.

Cláudio nas Nuvens