Afinal não sou só eu, fico mais descansado.

A homilia de Natal do Sr. José Policarpo arreliou-me (na primeira versão deste texto, metia-me nojo, mas achei que era pouco simpático para o Sr e decidi mudar para algo mais suave)! Especialmente a parte em que ele enaltece a convicção de acreditar em deus e desdenha da convicção de não acreditar.

A João disse-me que eu estava, mais uma vez, a ser fundamentalista, a não dar aos outros o direito  a terem a sua opinião e que não  era isso que ele estava a dizer. Achei que não era o caso, mas, pelo sim pelo não, não escrevi nada sobre o assunto.

Já li depois disso alguns textos a criticar o Sr Policarpo, mas sendo a maioria deles de associados da Associação Ateista (“fundamentalistas” como eu) não liguei muito.

Felizmente, e para meu descanso, um ateu convicto MAS até prova em contrário “não fundamentalista” escreveu um texto exactamente sobre a parte da homilia que mais me chamou a atenção:

“…Acreditar que Deus existe é uma convicção profunda, mas acreditar que não existe, curiosamente, não o é. Alguém, munido de um aparelho próprio, mediu a profundidade das convicções e deliberou que as do crente são mais fundas que as do ateu. Quando alguém diz acreditar em Deus, está a exprimir legitimamente a sua fé; quando um ateu ousa afirmar que não acredita, está a agredir as convicções dos crentes. Ser crente é merecedor de respeito, ser ateu é um crime contra a humanidade…”

Podem ler o texto completo do Ricardo Araújo Pereira na Visão.

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