Argentina: Buenos Aires

Não gosto de cidades grandes e Buenos Aires é uma cidade muito, mesmo muito grande. O centro é tão grande que tem direito a um microcentro, algo que equivale para nós à baixa, castelo e bairro alto. Na zona onde ficámos, Palermo, chegavam a passar autocarros de transportes públicos de 2 em 2 segundos. É uma loucura de tamanho, onde os prédios não deixam ver o céu e o movimento de formigas, desculpem pessoas, é constante. O aeroporto que fica na periferia da grande Buenos Aires fica a 50 km. Enfim, é grande.

As cidades grandes têm muito para ver. Tantos jardins, museus e teatros como, vá, um país inteiro mas fica tudo longe, a pé não se chega a lado nenhum. Os transportes públicos funcionam bem, são baratos e vão a todo o lado. E com a ajuda do google é muito fácil navegar as inúmeras linhas de autocarro para chegar onde se quer. Só há um problema. É preciso o SUB, o cartão dos transportes públicos de Buenos Aires e apanhar um é como apanhar um Pokémon raro. Depois de muito procurar e de ter passado algum tempo a viajar de Uber lá conseguimos encontrar um exemplar. Depois sim, a cidade ficou pequena.

Aproveitámos bem os dias que estivemos em Buenos Aires (e o cartão  SUB) e conseguimos ver tudo o que queríamos. Claro que se lá estivéssemos, mas dias, descobríamos mais coisas para ver.

Do que vimos e que me lembre assim de repente, realço:

A Boca e o famoso Caminhito que lá fica perto. A Boca é onde está a famosa bomboneira, o estádio do Boca Juniores onde os espectadores dos anéis mais altos quase têm de olhar na vertical para baixo para ver o jogo. O estádio foi construído assim, na vertical, porque não havia espaço para o construir para os lados. AO redor do estádio há todo um circo de lojas que vendem recordações do clube e há todo um ambiente de festa com centenas de visitantes a circular. Lá perto fica o Caminhito, duas ruas turísticas cheias de restaurantes onde se pode apreciar dançarinos de tango e lojas de recordações. Ambas as zonas são muito coloridas e o ambiente é agradável se bem que demasiado movimentado. Não haja dúvida, uma visita a Buenos Aires sem ir aqui não vale.

Outro marco é o Ateneo Grand Splenind, o  teatro em forma de ferradura, que tinha capacidade para cerca de 1000 pessoas e foi convertido em livraria. Para quem, como eu, que faz paragem obrigatória nas livrarias por onde passa, esta não tem concorrência à altura.

Também é famoso o teatro Colon. É bonito sim senhor, mas é basicamente uma cópia do que se fazia na altura em Paris e arredores. É estranho ir à America do Sul ver cópias do que há na europa. Dispenso…

Também fomos a vários museus, centros culturais e sei lá o que mais. Não falta o que ver …  desde que tenhamos o SUB e o google para nos dizer que autocarros apanhar para chegar onde queremos 😊

E com Buenos Aires acabámos a nossa longa/curta viagem à Argentina.

Longa porque nunca tínhamos tirado tanto tempo de férias. Quatro semaninhas seguidas. Toma pandemia!!!

Curta porque a Argentina é um bocadito grande. Nós não visitámos a Argentina, visitámos Buenos Aires (e Tigre), Ushuaia , El Calafate e El Chalten. Dizer que visitámos a Argentina é como ir a Paris, Picos da Europa a costa alentejana  e dizer que visitámos a Europa.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.