Passou ontem à noite no canal História o documentário “Armas de fraude maciça” sobre a vergonha da cobertura jornalistica da guerra do Iraque.
Para quem não se lembre, todos os meios de comunicação cobriram a história de um único ponto de vista: o ponto de vista da administração Bush. Este documentário mostra a máquina de propaganda que permitiu que isto acontecesse. Desde a integração dos jornalistas nas unidades de combate à diabolização de quem tivesse uma opinião contrária, passando pela ridícula ligação entre a Al-Qaeda e o Irauqe, tudo foi programado ao milimetro.
Sinto-me hoje orgulhoso de ter sido dos poucos que sempre chamei a atenção para a vergonhosa manipulação que muitos de vocês – o correcto seria: muitos de nós, mas recuso-me – estavam a aceitar de braços abertos.
Esta falta de espirito critico, é triste e não há maneira de desaparecer. Estou a ficar FARTO!
Porque é que as pessoas se recusam a pensar – e depois jogam sudoku para “exercitar” o cérebro?
Porque é que acreditam em TODOS os perigos inventados que vêm em e-mails?
Porque é que acreditam em TODAS as “correntes de sorte” e merdas afins que vêm em e-mails : não acredito, mas pelo sim pelo não vou reencaminhar ?
Por exemplo, esta mania de dizer mal do governo (seja ele qual for, o que interessa é dizer mal do governo) é absolutamente fantástica. Já por mais que uma vez recebi e-mails a dizer mal do governo, politicos ou outras personagens conhecidas que tive o cuidado de comprovar serem falsos e enviar o resultado da minha pesquisa a quem me enviou o e-mail. O que seria normal, justo e digno de seres pensantes, seria essa pessoa ter o cuidado de enviar um segundo e-mail – especialmente aos outros a quem enviou o e-mail falso – a dizer :
“oooppss, estava enganado. essa informação era falsa.”
Alguma vez receberam um e-mail destes? Eu não! Um e-mail a desmentir uma noticia falsa? who cares!?
Enfim, mas estou a fugir ao tema (este assunto, tira-me do sério). Se puderem, vejam o documentário é bastante interessante – e não obrigatoriamente completamente verdadeiro, claro está!