All posts by Cláudio Tereso

Zegama é Zegama

Dia 1, sexta-feira

Já tínhamos passado há uns anos por zegama fora de época e, claro, não tem nada a ver.

Aqui respira-se trail em toda a vila. A vila é pequena (1500 habitantes) e não se passa mais nada.

Só há dois tipos de pessoas: locais, quase todos voluntários na prova e pessoas que vieram por causa da prova.

Hoje foi dia de quilómetro vertical ( 3km, 1000 m D+).

Quando chegámos a vila já estava fechada e tivemos de deixar o carro longe. Fomos a pé até ao centro. Na praça principal era a pre-partida da prova. Eram 2k. 200D+ até ao início. Também fomos espreitar a partida. Nada de muito interessante para ver mas o caminho no meio do bosque era bem giro.

Descemos e fomos buscar o carro e após algumas voltas à vila conseguimos estacionar perto do centro. Entrega de prémios, jantar na fan zone e siga para dormir.

Dia 2, sábado

Se tivesse aqui caído de para-quedas diria que a prova é hoje, tal é a quantidade de pessoas completamente equipadas só para treinar, aquecer ou simplesmente a tomar o pequeno-almoço.

Se calhar é obrigatório andar equipado… Ainda vou ser multado por não ter bastões ou andar de chinelos de dedo.

Dia 3, Domingo

Seis da manhã, hora de levantar. Os autocarros começam a subir para o “apeadeiro” às seis e meia. Depois é hora e meia montanha acima para chegar a Sancti Spiritu. Vou lá chegar pouco depois das oito e os primeiros não vão passar antes das 10:30 mas não me arrisco a apanhar o autocarro mais tarde, uma hora mais tarde vai implicar fila e sabe-se lá quanto tempo a conseguir apanhar o autocarro.

Entrei no primeiro autocarro e 15 minutos depois estávamos no apeadeiro do comboio para começar a caminhada pelos belos bosques na vertente da montanha. Percurso sem estória e cheguei lá acima para pela primeira vez perceber o cenário do ponto mais icónico da corrida. Uma coisa é ver as filmagens que normalmente só filmam os milhares de pessoas a gritar e os atletas a subir, mas estar aqui deu finalmente para perceber o que se passa: o túnel de San Adrian que permite a passagem para o outro lado da montanha está lá ao fundo por um caminho largo e plano a uns 500 metros da capela de Sancti Spiritu onde estou. Para a minha direita famosa subida que vi inúmeras vezes em video. Para lá da subida estará O Aizkorri, o pico que dá o nome à corrida juntamente com o nome da vila: Maratona de Montanha de Zegama-Aizkorri. À minha direita e mais abaixo uma pradaria verde com cavalos completa o cenário

Por enquanto ainda só há um par de centenas de pessoas; ainda faltam duas horas. Aproveito e vou até ao túnel fazer reconhecimento. Quando voltei a Sancti Spiritu a multidão começa-se a compor. Parecia que estavam a chegar comboios de Sintra uns atrás dos outros. No par de horas que passou, milhares de pessoas encheram a paisagem à minha frente enquanto outras tantas iam subindo e desaparecendo no horizonte em direcção ao Aizkorri. E não esquecer, para chegar ali o percurso mais curto tem 6km e 400 metros de desnível

Andei um bocado de um lado para o outro como uma criança numa loja de doces sem saber muito bem onde seria o melhor local? Subir até ao Aizkorri? Isso não, depois quero tentar ver os primeiros a chegar à meta e ainda são 6 kms a descer, vai demorar…acabei por ficar uns 100 metros acima da capela numa zona onde se juntava mais pessoal.

Entretanto a João, que tinha ficado em Zegama ia dando informação sobre os atletas que eu partilhava com os meus vizinhos mais próximos que passaram a considerar-me o melhor amigo que tinham ali no meio do monte.

E eis que chega o momento mágico, o momento que andava há anos para experimentar, o momento em que os atletas começam a passar.

O público não desiludiu e quando chegou o primeiro, ainda por cima Espanhol, a casa só não veio abaixo porque não havia casa. É uma loucura a afición dos espanhóis. Um espanhol a apoiar atletas aqui na montanha vale por 50 portugueses. Agora imaginem o que são milhares deles. Juntem-me a eles: gritei, não, berrei! Bati palmas, salteis e emocionei-me (wink wink). A cada atleta que passava uma explosão de energia, os desgraçados que abrandavam eram obrigados a acelerar ao som dos gritos e “ameaças” de porrada. E depois veio a primeira mulher, a Sara Alonzo, uma basca. Arre porra que estes gajos sabem gritar!

 

Passado alguns minutos de loucura, e após a passagem das primeiras 5 ou 10 mulheres começa um novo movimento. Centenas de pessoas começam a desmobilizar e a descer a montanha. O objectivo era obvio, o mesmo que o meu, ir ver a chegada dos primeiros.

E lá vamos nós, centenas e centenas a andar, a correr, a sprintar montanha abaixo. Eu lá fui tentando correr, mas os meus “novos” joelhos não estão para aí virados. Vou fazendo o que posso na descida a pique com as dores a impedir-me de dar passadas de jeito. Lá se vai a chegada dos primeiros…

Eis senão quando um carro pára a meu lado e pergunta se quero boleia. Devia ir a fazer uma bela figurinha, centena de pessoas e é a mim que pergunta se quero boleia… afinal há vantagens de estar completamente desgraçado do joelhos e incapaz de dar um passo a correr.

Graças à boleia cheguei a tempo de ver os primeiros. Juntei-me à João à espera dos momentos finais desta loucura. E os Espanhois voltaram a não desiludir!

Quando o marroquino Elhousine Elazzaoui chegou a casa que não existia voltou a vir abaixo, mas para mim o momento alto foi a chegada do Espanhol ex-atleta de orientação Andreus que festejou como se tivesse sido o primeiro e acertado no Euromilhões ao mesmo tempo. Vinha completamente desfeito, mas isso não o impediu de berrar e …cair para o lado (para a frente para ser mais exacto).

O sector feminino também foi momento de grande loucura com as Bascas Sara Alonso e Malen Osa a obterem o primeiro e terceiro lugar respectivamente.

Festa em cima de festa, é assim Zegama. Está cumprido um sonho com muitos anos. Agora faço parte dos privilegiados que podem falar sobre o que é assistir a esta prova e poder responder, com um ar de indiferença como se fosse a resposta mais normal do mundo, a quem perguntar como é estar lá:

Zegama? Zegama é Zegama…

Balcãs, dias 14 e 15: Belgrado

No último episódio: quando fomos do aeroporto para o centro como o autocarro estava demorado fomos à informação dos táxis para ver quanto era, perto estava um novo que disse que era taxista e que nos levava por 25 euros, eu como tenho bastantes más experiências com táxis duvidei dele e fui à informação perguntar quanto era e confirmaram esse valor. 

Ok, disse eu ao moço, vamos contigo ao que ele respondeu que não me queria levar porque eu não tinha confiado nele. 'tá boa…
Apesar de o povo parecer no geral simpático, o mesmo não se pode dizer do pessoal que trabalha com turistas. 
Enfim, siga para Belgrado. Uma das coisas que queríamos ver era o que os museus diziam sobre as guerras. Na Bosnia são muitos os museus sobre a guerra ou que falam dela. Como seria aqui? 
Pois, não é. Em nenhum museu se fala da (s) guerra (s), zero, nicles. A inscrição “the only genocide in the balkans was against the serbs” foi das poucas coisas que vimos sobre o assunto. 
Tirando isso, Belgrado é grande, tem um forte junto ao Danúbio gigantesco cuja primeira versão foi feita pelos celtas e que foi crescendo civilização a civilização chegado ao tamanho e emaranhado de muralhas que tem hoje. 
Tem boas zonas pedonais, incluído uma zona pequena de restaurantes e uma avenida com perto de um quilómetro de comprido onde se encontram as marcas do costume e onde se encontram alguns vendedores de rua e nessa rua ou por perto podemos encontrar cerca de uma dezena de grandes livrarias.
Finalmente e imperdível, tem  uma impressionante igreja ortodoxa que é a maior dos Balcãs e uma das maiores do mundo.
As igrejas ortodoxas são bastante bonitas com as paredes todas preenchidas com quadros feitos de pastilhas/mini azulejos com cores bastante vivas, mas esta bate todos os recordes. Ficámos mais de uma hora a aprecia-la.
Por falar em igrejas, esta malta por aqui é bastante religiosa. A esmagadora maioria das pessoas, desde a adolescente toda pintada ao sénior mais maltrapilho, cumpre os seguintes rituais: compra velas que coloca no “velódromo”. Quando entra, beija a armação da porta, de seguida passa pelas várias pinturas de santos, cristos e afins, benze-se e beija o quadro. Eventualmente tira uma selfie e no fim sai de costas e volta a beijar a armação da porta.
E que me lembre é só 🙂
Esta já está, venha a próxima mas primeiro há que descansar 😛

Balcãs, dia 13: de Novi Sad a Belgrado

O dia começou com um encontro com a pessoa do hostel que nos perguntou se éramos portugueses. 

Era uma servia de novi sad que tinha estado muitos anos em Portugal e falava um português perfeito. Contou-nos que tentou durante muito tempo obter cidadania portuguesa mas nunca conseguiu e acabou por desistir. Estivemos à conserva com ela quase duas horas. 
De seguida demos uma volta pelo forte de Novi Sad e o seu belo novelo de muralhas bem plantados mesmo em cima do Danúbio.
Visita feita rumámos a Belgrado onde entregámos o carro no aeroporto. É sempre um momento de alívio entregar o carro alugado sem nenhum arranhão que nos custe um ordenado :P, especialmente em países onde não sabem o que são limites de velocidade nem riscos contínuos nem sequer riscos contínuos em túneis. Vale tudo! 
O plano era entregar o carro, deixar as mochilas pesadas no aeroporto e seguir para o centro, mas este belo aeroporto não tem serviço de guarda de bagagem nem ninguém não informações que se preocupe minimamente com isso…
Lá seguimos no autocarro para o centro com as nossas mochilinhas com direito a uma bela caminhada até ao hostel…Sté se fez bem, só é pena o sacana do hostel ficar num segundo andar sem elevador :/
Pacotes entregues, saímos para uma caminhada nas zonas pedonais da cidade para ver o ambiente e comer qualquer coisa. 
Depois há que dormir cedo que o plano para o dia seguinte inclui muitas horas de caminhada 🙂

Balcãs, dia 12: de volta à sérvia

Ontem de noite (out seja as cinco da tarde) voltámos á Bosnia. Amanhã é dia de entregar o carro e por isso já vamos ficar perto de Belgrado o que implica fazer hoje mais quilómetros que o habitual. 
Esta volta à sérvia começou sob o signo de Portugal quando o sorumbático guarda fronteiriço aos verificar os nossos documentos perguntou “Sporting, porto, Benfica?” À nossa resposta se “Sporting” comentou que Sporting e porto estão bem mas o Benfica este ano está fraco. 
O plano para hoje é simples: visitar nos
Nis e kragujelac e acabar o dia em Novi Sad as três cidades assinaladas no guia e que ficam em linha de sul a norte da sérvia sendo que Novi sad fica perto de Belgrado.
Entre igrejas ortodoxas, castelos, mercados se passou o dia. 
Que me lembre destaco o gigante mercado em nis, uma espécie de mercado da fruta com mini-mercados à mistura a vender tudo o que se possa imaginar e onde andava a tocar uma banda de metais música ao estilo do Kusturica.
Também passámos por um campo de concentração nazi, algo que nunca me ocorreu ter existido aqui tão para sul.
Mas a parte gira do dia foi quando contactei o hostel que tínhamos acabado de reservar em Novi sad e a resposta foi “vocês são portugueses?”. Assim mesmo, em se português…


Balcãs, dia 11: kosovo

O kosovo é daqueles sítios que todos ouvimos falar e que nunca nos ocorreu que alguma vez iríamos visitar. Antes da Rússia invadir a Ucrânia as últimas guerras na Europa tinham passado por aqui. Neste momento ainda há milhares de militares da NATO na região em missão de manutenção da paz.

Foi por isso com alguma curiosidade (e apreensão) que nos dirigimos para a fronteira. Apreensão que só aumentou quando no telefonema do dia anterior para a agência de rent a car nos informaram que a seguradora não cobria o kosovo, coisa que não nos tinham dito antes. 
Fomos verificar e efectivamente o motivo l kosovo não faz parte dos países abrangidos pela carta verde mas existe um “seguro de fronteira” que se faz por sete dias quando se entra no kosovo para resolver o problema. Menos mal. 
Menos mal, pensávamos nós, mas na fronteira disseram-nos que como o carro era da sérvia não precisava do seguro. Nós ainda tentámos insistir mas nada e se houvesse problemas a seguradora fazia-nos, de certeza, um toma. 
Portanto a decisão foi limitar o tempo no kosovo ao mínimo e conduzir com cuidados ultra-redobrados. 
O plano era simples, ver duas das três cidades recomendadas no guia e subir para a servia ainda no mesmo dia. 
A primeira foi Pec que segundo o guia era uma cidade de acesso às rotas pedestres de longo curso nos Alpes Dinaricos. Imaginámos uma bela cidade de montanha com as suas casas em madeira e tal e coiso.. Pois pois, uma cidade tipo Marrocos foi o que nos saiu na rifa. Caos no trânsito, sem sítios para estacionar e os carros parados por todo o lado, um centro com centenas de lojas de tralha com os vendedores sentados à porta com ar de profundo .. nada no olhar e onde a roupa oficial parecia ser o fato de treino. Isto começa mal….
Demos uma volta, bebemos um chá e rumámos à capital, pristina. 
Mais uma vez fomos brindádos com intermináveis obras e confirmámos a presença das tropas da NATO que vimos circular pelas estradas. 
Pristina foi uma lufada de ar fresco. Apesar de haver alguns edifícios a precisar de obras, a avenida pedonal principal tinha um ar moderno e centenas/milhares de pessoas que não usavam fatos de treino passeavam. 
Mas mais uma vez o diabo está nos pormenores. A biblioteca nacional está velha e a precisar de obras. Aqui e ali viam-se ministérios/secções de ministérios em instalações pouco dignas, o que me deu a impressão de “fica aqui porque é o que se arranja” e um pouco por todo o lado vê-se placas a informar o apoio de países terceiros, especialmente os EUA. Ser um país tem custos e nota-se a milhas que o kosovo não tinha capacidade para o ser. Eu diria que se não fossem os apoios externos já tinha implodido.
Pristina visitada sem incidentes rodoviários, siga para a servia antes que a sorte acabe. Felizmente eram só mais umas dezenas de quilómetros, em obras claro 

Balcãs, dia 10: há dias assim…

Hoje foi dia de ver alguns spots que faltavam em Durmitor. Depois de uma curta caminhada com belas vistas para o Canyon do rio Tara decidimos ir lá abaixo ver uma pequena aldeia que avistámos do topo e que tinha bom aspecto.

Começámos a longa e sinuosa descida que entretanto perdeu o alcatrão e começou a piorar e decidimos desistir, mas o mal estava feito. A brincadeira gastou os travões e passámos a ser acompanhados por uma choradeira infernal mas que por vezes fazia tréguas.
Como estava intermitente estávamos indecisos sobre o que fazer. Decidimos seguir direito ao kosovo como previsto a ver o que acontecia. A fronteira para o kosovo era na mesma direção da  fronteira com a servia onde achámos que teríamos mais facilidade em responder o problema visto ser um carro alugado nesse país.
Perto da decisão, o carro estava a fazer pouco barulho e decidimos arriscar mas para nossa sorte a estrada estava cortada e tivemos mesmo de seguir para a servia.
Assim que chegámos à primeira terrinha telefonámos para a  assistência do rent a car que nos disse para irmos a uma oficina que eles depois davam-nos o dinheiro.
Assim fizemos, com a ajuda do Google em 10 minutos estávamos numa oficina e passado uma hora tínhamos o problema resolvido 🙂
Depois de algumas indecisões, marcações e desmarcações decidimos voltar ao plano kosovo. Eram menos de 100 KMS até ficarmos, de volta no Montenegro, a 10 km a fronteira com o kosovo. Siga a marcha.
Depois de um flop do software de navegação que nos enfiou numa estrada sem alcatrão só porque eram menos uma dúzia de quilómetros e que decidimos abandonar e voltar tudo atrás, especialmente porque já era de noite; e depois de a estrada principal que apanhámos ter trinta quilómetros de obras lá chegámos ao destino.
Um belo e estranho resort de montanha perdido no meio do nada.
Era muito bonito e tinha um lindíssimo restaurante, tudo em madeira, mas os pormenores davam cabo de nós. Acabamentos da treta (muito comum por aqui), pequenas reparações que podiam ser feitas.
Parecia um filme de terror em que tudo é perfeito, mas não bem, algo está mal. Não tem nada a ver, mas fez-me lembrar o filme vivarium.
Enfim, dia feito, até nem correu mal tendo em consideração o potencial. Se este foi o pior dia, estamos muito bem 🙂

Balcãs, dia 9: durmitor nacional park

Hoje foi dia de montanha, mas não um dia de montanha a sério, é que passámos a maior parte do tempo de carro e não a montanhar.
O parque tem uma rota panorâmica de 80 km à sua volta e nós achámos que era uma opção mais fixe do que cansar as vi pernas 🙂
O percurso vale muito a pena e fizemos inúmeras paragens para comer, fotografar e até, vejam lá!, caminhar. 
Antes tínhamos feito a caminhada recomendada â volta do lago negro. É suposto ser muito giro mas eu não fiquei impressionado. É um lago na montanha..
Passámos agora no turismo e já temos uma ideia melhor das caminhadas que há. Talvez amanhã tenhamos vontade de fazer alguma coisa mais digna de montanha 🙂

Balcãs, dias 7 e 8: do mar para as montanhas

Abandonámos o belo mar e subimos as montanhas. Não sem antes visitarmos Sveti Stefan, a terrinha nunca quase-ilha. Visitar, salvo seja, porque a terra está fechada. Ao que parece é privada e os donos queriam que fosse completamente fechada a visitantes mas o governo não concorda e queira que o público tivesse acesso. Conclusão? Está completamente fechada e ninguém usa. 

Para compensar, lá perto está a “praia da rainha” a praia mais super espectacular de todos os tempos finitos e infinitos e a sua água cristalina as uns 24 graus. 
Mergulho tomado e subimos para o parque natural de lovćen, uma maravilhosa serra calcária com zonas de sonho para a orientação 🙂 e belas vistas para a baía de Kotor.
Dormimos num belo hotel na serra e de manhã avançámos para o parque natural de Dormitur onde chegámos ao anoitecer. 
Mas antes ainda passámos por Cetinje a simpática vila pertinho do parque de lovćen e que foi a capital de Montenegro antes de este ser engolido pela Jugoslávia.  Ainda fomos visitar a actual capital, Podcortiza… Que dizer, visitar é um abuso de linguagem. Aquilo tem zero para ver. Vá tem uma catedral gira que merece 15 minutos…

Balcãs, dia 6: baia de Kodor

Hoje passámos para Montenegro. Mostra os passaportes, tal e coiso, nada de especial e segue viagem.

A primeira paragem foi em Herceg Novi, terrinha gira, nada de especial, mas deu para ver que mudámos de ambiente. Praia, turistas… É outro ambiente..
Rumámos a Kotor, uma das jóias de Montenegro. Pelo caminho fizemos uma paragem num belo, mais que belo, spot para um mergulho e um simpático almoço.
Pouco depois entrámos na baia de Kodor.. wtf!!??? Não há palavras para descrever a paisagem desta baia/fiord mas vou tentar: baia com largos kms, ladeada por uma estrada que segue rente à água cristalina. Logo a seguir à estrada seguem-se as montanhas de calcário, altas e lindas de morrer. Para toque final, vilas antigas e com os pés na água salpicam o cenário.
Enfim, do mais bonito que alguma vez vi.
Finalmente e após algumas filas chegámos a Kotor onde nós e os outros milhares de turistas;  estava um cruzeiro no porto…
Kotor tem uma muralha que sobe a montanha e de onde se tem vistas espectaculares, mas chegámos a meio da tarde e queríamos seguir por isso não subimos. Além disso eram 15 € 😛
Acabámos o dia em Buvda. Ficámos num alojamento no meio do belíssimo Stari Grad (centro histórico) que contrasta com a gigantesca cidade de prédios à volta.



Balcãs, dia 5: best of bosnia

Hoje foi dia de ver algumas das jóias da Bosnia antes de passar para o Montenegro. 

A mais conhecida é Mostar. Famosa pela sua ponte que foi destruída na guerra (sim, mais uma vez e sempre, a guerra) mas que entretanto foi reconstruída em todo o seu esplendor.
A cidade é muito jeitosa com inúmeros edifícios em pedra, tão jeitosa que atrai turistas aos molhos. Nas piores horas nem se consegue atravessa-la tal é o núm
ero de turistas. 
Lá perto fomos ver a nascente do Bona onde existe uma simpática e pequena casa de três derviches.
De seguida passámos pela Fátima cá do sítio (não me lembro do nome) onde estavam a realizar uma bela missa campal.
Para acabar o dia fomos até Trebinje que consta no guia como a cidade mais bonita da república da sérvia. 
E não, não me enganei. A república da sérvia é a parte ortodoxa da Bosnia e Herzegovina que é maioritariamente muçulmana.  
Segundo uma sondagem à boca dos cafés, os bosniacs (bósnios muçulmanos)até não tem nada contra os servios, já os servios da república da sérvia …
Enfim.. probabilidade de voltar a haver confusão? Eu diria que alguma.