Balcãs, dias 7 e 8: do mar para as montanhas

Abandonámos o belo mar e subimos as montanhas. Não sem antes visitarmos Sveti Stefan, a terrinha nunca quase-ilha. Visitar, salvo seja, porque a terra está fechada. Ao que parece é privada e os donos queriam que fosse completamente fechada a visitantes mas o governo não concorda e queira que o público tivesse acesso. Conclusão? Está completamente fechada e ninguém usa. 

Para compensar, lá perto está a “praia da rainha” a praia mais super espectacular de todos os tempos finitos e infinitos e a sua água cristalina as uns 24 graus. 
Mergulho tomado e subimos para o parque natural de lovćen, uma maravilhosa serra calcária com zonas de sonho para a orientação 🙂 e belas vistas para a baía de Kotor.
Dormimos num belo hotel na serra e de manhã avançámos para o parque natural de Dormitur onde chegámos ao anoitecer. 
Mas antes ainda passámos por Cetinje a simpática vila pertinho do parque de lovćen e que foi a capital de Montenegro antes de este ser engolido pela Jugoslávia.  Ainda fomos visitar a actual capital, Podcortiza… Que dizer, visitar é um abuso de linguagem. Aquilo tem zero para ver. Vá tem uma catedral gira que merece 15 minutos…

Balcãs, dia 6: baia de Kodor

Hoje passámos para Montenegro. Mostra os passaportes, tal e coiso, nada de especial e segue viagem. 

A primeira paragem foi em Herceg Novi, terrinha gira, nada de especial, mas deu para ver que mudámos de ambiente. Praia, turistas… É outro ambiente..
Rumámos a Kotor, uma das jóias de Montenegro. Pelo caminho fizemos uma paragem num belo, mais que belo, spot para um mergulho e um simpático almoço. 
Pouco depois entrámos na baia de Kodor.. wtf!!??? Não há palavras para descrever a paisagem desta baia/fiord mas vou tentar: baia com largos kms, ladeada por uma estrada que segue rente à água cristalina. Logo a seguir à estrada seguem-se as montanhas de calcário, altas e lindas de morrer. Para toque final, vilas antigas e com os pés na água salpicam o cenário.
Enfim, do mais bonito que alguma vez vi. 
Finalmente e após algumas filas chegámos a Kotor onde nós e os outros milhares de turistas;  estava um cruzeiro no porto…
Kotor tem uma muralha que sobe a montanha e de onde se tem vistas espectaculares, mas chegámos a meio da tarde e queríamos seguir por isso não subimos. Além disso eram 15 € 😛
Acabámos o dia em Buvda. Ficámos num alojamento no meio do belíssimo Stari Grad (centro histórico) que constatará contrasta com a gigantesca cidade de prédios à volta. 



Balcãs, dia 5: best of bosnia

Hoje foi dia de ver algumas das jóias da Bosnia antes de passar para o Montenegro. 

A mais conhecida é Mostar. Famosa pela sua ponte que foi destruída na guerra (sim, mais uma vez e sempre, a guerra) mas que entretanto foi reconstruída em todo o seu esplendor.
A cidade é muito jeitosa com inúmeros edifícios em pedra, tão jeitosa que atrai turistas aos molhos. Nas piores horas nem se consegue atravessa-la tal é o núm
ero de turistas. 
Lá perto fomos ver a nascente do Bona onde existe uma simpática e pequena casa de três derviches.
De seguida passámos pela Fátima cá do sítio (não me lembro do nome) onde estavam a realizar uma bela missa campal.
Para acabar o dia fomos até Trebinje que consta no guia como a cidade mais bonita da república da sérvia. 
E não, não me enganei. A república da sérvia é a parte ortodoxa da Bosnia e Herzegovina que é maioritariamente muçulmana.  
Segundo uma sondagem à boca dos cafés, os bosniacs (bósnios muçulmanos)até não tem nada contra os servios, já os servios da república da sérvia …
Enfim.. probabilidade de voltar a haver confusão? Eu diria que alguma.


Balcãs, dia 4: natureza à volta de Sarajevo

Hoje foi dia de esquecer a guerra… mas não antes de passar pelo museu do túnel que ligava Sarajevo citiada ao exterior para entrada de armas, comida, medicamentos, etc.

Demos um salto ao Vrelo Bosne (nascente do Bosna) um pequeno parque onde as várias nascentes (ou serão surgencias?) do Bosna montam um fabuloso mosaico de água. 
Depois seguimos para o parque natural de Trebevič onde decorreram parte dos jogos olímpicos de inverno de 1984.
Esta montanha/parque fica mesmo por cima de sarajevo e dá para lá chegar a partir de um teleférico que parte praticamente do centro da cidade. 
Para quem não sabe, que era o meu caso, sarajevo fica a mais de 500 metros de altitude num vale rodeado de montanhas que chegam a ultrapassar os 1500 metros. 
E a coisa por aqui está feita, amanhã seguimos viagem e se não houver nada que nos atrase muito, devemos chegar ao Montenegro. 

Balcãs, dia 3: Saravejo

Foto após foto, vídeo após vídeo, texto após texto, Sarajevo é um compêndio de horrores. 
Em Saravejo a vida é pacífica e as pessoas muito simpáticas. Todos com quem falamos desejam que gostemos da Bosnia e todos querem saber de onde somos, sendo Portugal uma origem apreciada 🙂
O ambiente é calmo e não parece haver fricções entre os vários grupos étnicos/religiosos. Os croatas/católicos, os servios/ortodoxos e os bosniacs/muçulmanos (e outros) aparentam viver bem entre eles mas o passado recente é feio. 
Há cerca de trinta anos servios/ortodoxos achavam que todo este território devia ser deles e fizeram o possível e impossível para tentar acabar com bosniacs/muçulmanos.  É mais complicado claro, mas o principal passa por isto.
Museu após museu lá vamos vendo as desgraças a que foram submetidos. O cerco de 4 anos a Saravejo com snippers a alvejar civis na rua e bombardeamentos constantes, as valas comuns, as torturas, as violações, etc, etc. 
Só lá vão 30 anos! Muitas das pessoas com quem nos cruzamos passaram por isto e de certeza que de ambos os lados. Não pode ser fácil conviver com estas memórias. Um dos textos em um dos museus era o testemunho de um snipper que tinha pesadelos com uma rapariga que lhe perguntava porque a tinha assinado. Ele acabou por se suicidar. 
Em um vídeo aparece um dos comandantes servios a mostrar a um convidado (um repórter russo se não me engano) as posições de metralhadoras no alto da montanha apontadas à cidade. Pergunta-lhe se que disparar e ele experimenta…
Os relatos sucedem-se…
Os museus não são meigos e não poupam nas imagens e nas descrições e é difícil não pensar no que se está a passar na Ucrânia e em Gaza, especialmente em Gaza que me parece ser semelhante ao que se passou aqui: extermínio dos muçulmanos nos “nossos” territórios. 
É impressionante saber que tudo isso aconteceu há tão pouco tempo e quão pouco eu sabia sobre o assunto muito em parte, não tenho dúvida, da minha falta de interesse na altura por acontecimentos internacionais. 
E pronto, devemos fechar por aqui o capítulo da guerra. Amanhã vamos mudar a agulha e dar uma vista nos arredores de Sarajevo. 🙂


Laís

Balcãs: dia 2, srebrenica

Passámos a fronteira para a Bosnia sem problemas e pertinho de onde passámos fica Srebrenica, lugar de graves confrontos entre servios e bósnios. Segundo os bósnios foi um genocídio, segundo os servios for a defesa do seu território.

Nota: as relações entre toda esta malta por aqui é duma compilação sem fim. Não consigo, nem sei! explicar a história de Srebrenica num post. Para uma informação mais exacta consultem fontes mais conhecedoras.
Perto de srebrenica, onde era o quartel dos capacetes azuis, foi criado um memorial. Passámos lá duas ou três horas para ver a coisa por alto. 
Já visitámos muitos museus sobre situações, digamos, desagradáveis, mas este bate mais fundo porque o massacre que ali se passou foi recente, nós já éramos adultos.
Quando voltarmos temos de ver o filme “quo vais, aida” que é sobre este acontecimento. 
Depois de Srebrenica rumámos a Saravejo onde estamos agora, mas isso é estória para amanhã. 


Balcãs: dia 1, parque nacional de Tara

Andamos a curtir bué não perceber nada do que se passa. Estes moços pouco falam inglês e nós temos dificuldade em sequer ler para ver se pescamos alguma coisa porque a maior parte das coisas estão em cirilico. 
Andamos a treinar os nossos gestos ea recorrer ao amigo Google tradutor. 
Chegámos e viemos logo para o parque de Tara, Belgrado vai ficar para o fim. Gostamos sempre de passar os últimos dias perto do avião 🙂
Aqui pela província parece que estamos em Portugal anos 80. Muitas mercearias velhinhas e mal apanhadas, buracos de cigarro na toalha do restaurante, um alojamento digno de meter dó (com uma dona que falava zero inglês). 
Já o parque tem umas belas vistas e um percurso pedestre que merecia o Oscar de percurso mais mal marcado de sempre. 
A servia não é para corações fracos mas quem, como nós, gosta de se meter em dificuldades desnecessárias, vai com certeza sentir-se em casa.
Amanhã vamos ver o que se passa na Bosnia.

Jesus onde estás tu?

Texto originalmente publicado no díario de uns ateus em Maio de 2023.


Olhando para trás é curioso pensar que foi a busca por Jesus que, em parte, me moldou e fez de mim o que sou hoje. A minha memória não é grande coisa, por isso não posso garantir que tenha sido o encontro com Jesus que me tenha mudado radicalmente, ou mesmo se essa mudança existiu, mas do que me lembro foi. Também é sabido que as memórias não são de confiança e que vão sendo reescritas na nossa cabeça à medida que puxamos por elas; portanto qualquer pormenor que tenha estado ocultado de mim nos últimos anos e que me venha, como por magia, à memória tem uma grande probabilidade de ser falso. Por isso, correndo o risco de não se ter passado exactamente assim, vou contar a estória como me ocorre.

Comecemos pelo início. No início deus criou os céus e a terra, ao que consta. Mas este não é o início que queremos. Tentemos de novo:

Sou o mais novo de quatro filhos. Os dois ?ou terão sido os três? mais velhos foram submetidos à praxe da catequese e rituais afins mas quando chegou a minha vez, a minha mãe devia estar farta de os aturar a reclamar e já não teve  energia para me submeter a esses costumes tribais. Também pode ter sido por termos mudado de local de habitação o que nos deixou mais longe da igreja. Não sei. Só sei que nunca vi nem nunca me apercebi de uma coisa chamada catequese. Eu não ia, não me lembro de ter amigos que fossem, era algo completamente fora do meu conhecimento. Na nossa casa não se ia à missa nem se lia muito, por isso cresci como se cresce no campo longe de todas as influências religiosas, políticas ou intelectuais.

Era um verdadeiro Tom Sawyer e pouco mais que brincar na rua me interessava. À medida que fui crescendo e até aos 18 anos quando fui para a tropa pouco mudou. Aluno razoável, ingénuo com amigos ingénuos, sem gostos musicais, culturais ou o que quer que fosse. Ia à escola, vinha da escola, jogava à bola na rua e lia livros da Marvel e do Tio Patinhas. Tenho uma memória muito forte de um momento em que a minha tótózisse é quase palpável: Um colega ia fazer o interrail. Coisa rara! Foi a única vez que ouvi falar nisso antes da minha idade adulta e na altura pensei: wtf! Corrijo, wtf ainda não existia. Hhmmm? Vai viajar de comboio pela Europa? Para quê? Qual o interesse disso? Esta malta com dinheiro tem ideias muito parvas. Foi assim que me mantive até à minha busca por Jesus. Quer dizer, não sejamos mais papista que o papa e deixemos os dramatismos; não tenho memória da evolução de todas as características que fazem de mim o que sou hoje e que me colocam a milhas do que fui até ao início da idade adulta, mas tenho a forte convicção que foi a busca pelo “senhor” que me deu o espírito crítico que acabaria por me trazer até ao activimo nas comunidades céptica e ateia, características que são uma parte importante da minha persona.

Intervalo! Deixem que vos diga que tenho zero interesse em convívios de amigos de infância ou adolescência. Na altura eramos todos putos parvos com um interesse em comum: a parvoíce. Cada um de nós seguiu o seu caminho e evoluiu em direções opostas. O que raio temos em comum agora? Claro que com alguns ainda existem interesses comuns. Com esses mantenho ligação. Os outros não me interessam. Há uma grande probabilidade de terem ido em direções incompatíveis com a minha. Dispenso correr riscos para rever pessoas que não são quem foram e que conheci quando era quem não sou. Vivam os amigos novos compatíveis com o eu actual.  Fim de intervalo.

Voltemos ao cerne da questão. Algures nos vintes cruzei-me com o ‘senhor’. Era na altura apateista, ou seja, completamente ignorante de questões de religião. Não sabia, não queria saber… erro! Não querer saber precisa que exista algo para saber e que nos recusamos a saber, eu nem sabia que havia coisas para saber. Considero que o apateismo é, no que toca a crenças religiosas, a melhor solução para uma sociedade. Uma sociedade onde a questão de deus nem sequer é questão da mesma maneira que nas sociedades actuais não se coloca a questão se o sol vai nascer amanhã.

Bem, dizia eu, estava muito bem eu no meu apateismo quando um acumular de referências a Jesus me chamou a atenção. Claro que eu sabia o que eram os padres, a igreja Católica, jesus etc. etc, simplesmente não ligava nenhuma da mesma maneira que um gato ignora … vá.. tudo. Mas a determinada altura fiquei curioso: mas afinal o que há de tão especial nessa personagem para tanta gente falar dele como se ele fosse.. digamos… deus? Eu sabia que era o gajo na cruz e que tinha morrido crucificado, nascido de uma virgem e essas coisas básicas que até os católicos sabem, mas eu queria perceber um pouco mais. Porque essa loucura pelo moço?

Então o que decidi fazer? Ler um livro sobre o assunto, claro. O horror dos horrores! Ler um livro sobre Jesus Cristo? Um livro assim sem mais nem menos? Daqueles que se compram numa livraria? Sem o selo de aprovação da Igreja? A desgraça estava iminente!

Não me lembro onde o comprei nem que livro era, seria algo como “Jesus: quem realmente foi”. Também não me lembro do conteúdo, mas devia falar das inúmeras versões dos evangelhos, dos evangelhos ignorados e das más traduções e disso eu lembro-me! Ficou marcado a ferro e fogo na minha memória e fez emergir em mim uma bomba de incredulidade. Porra! Como é possível uma asneira destas? Anda tudo doido com este gajo e afinal um dos pontos mais vincados da estória dele é uma má tradução? Fiquei automaticamente ateu. Zás! Foste! Essa pequena descoberta fez de mim um super-ceptico. Raios! Se isto é mentira, o que mais será? Se anda toda a gente enganada com isto, com que mais andarão? Não sei se foi bem assim, mas é assim que me lembro. Realço que ser ateu nada ou pouco tem a ver com acreditar ou não na estória de Jesus Cristo, mas na altura, assim como muitos católicos hoje em dia, eu não sabia isso.

Desde essa altura já li a bíblia (coisa que curiosamente poucos católicos se interessam em fazer), li inúmeros livros e artigos científicos sobre o assunto, tirei cursos online, enfim uma perda de tempo gigantesca num assunto que não merece o tempo que lhe dediquei. Estou a brincar, claro que merece. Afinal é baseado nas estórias deste moço Jesus que a Igreja Católica e outras que tais continuam a tentar mandar nas nossas vidas.

E porra, é fascinante! Um dos maiores impérios que já existiu tanto em extensão geográfica como cronológica assenta numas historietas da carochinha que pouca ou nenhuma correspondência com a realidade têm. Não me digam que não é o golpe do século? que digo? Da história da humanidade!

E afinal qual foi a grande má tradução que me fez ver a luz? Foi uma coisa tão simples: no antigo testamento há uma passagem que fala em jovem e traduziram como… virgem.

Porra, afinal a mãe do gajo não era virgem, afinal era um gajo como outro qualquer, anda tudo parvo por coisa nenhuma! Pensei. Hoje em dia dou muito pouca importância a essa má tradução, os problemas com a bíblia são tantos que isso é apenas um pormenor.

Graças a esses “problemas” sou, hoje em dia, adepto da teoria do mito de jesus, ou seja que nunca existiu uma pessoa que correspondesse minimamente ao que é descrito nos evangelhos. Foi simplesmente a invenção de um herói por um povo oprimido como aconteceu tantas outra vezes na história, como por o exemplo o famoso rei Artur cujas lendas deram fama ao cálice da última ceia, o famoso Santo Graal.

 

Bem, isto tudo para chegar aqui, ao que queria efectivamente escrever e que, por artes mágicas, ficou um bocado maior. Podem ignorar tudo o que está para trás. Este texto devia começar assim:

Os evangelhos contam a estória de um tal Jesus de Nazaré, deus e filho de deus que foi crucificado e ressuscitou 3 dias depois. Tirando o que nos dizem os evangelhos o que sabemos exactamente sobre esses acontecimentos? Usar os evangelhos para confirmar a existência de Jesus é como usar os livros escritos por J.K.Rowling para confirmar a existência de Harry Potter. O que dizem os historiadores da altura? Porque é que uma personagem, tão importante segundo os evangelhos, é praticamente ignorada por todos os outros autores? Quem escreveu os evangelhos? Sabemos que os nomes a que estes foram atribuídos foram acrescentados posteriormente. Sabemos que há más traduções, sabemos que há partes acrescentadas posteriormente, sabemos que há muitos mais evangelhos que não foram consideramos verdadeiros porque continham relatos que não interessava a quem mandava na altura. Enfim sabemos muitas coisas que tornam toda a estória muito pouco credível.

Estes assuntos são alvo de muita informação na Internet, mas pouca coisa em Português de Portugal, lacuna que foi finalmente resolvida. O amigo Paulo no seu canal Quem Escreveu Torto por Linhas Direitas fez um vídeo de uma hora sobre o assunto. Vale a pena ver, mas fiquem avisados: o video levanta muitas perguntas, não só devido à quantidade de informação que apresenta, mas também porque, na minha opinião o Paulo dá como certas conclusões que não estão bem justificadas no video e que eu me sentia mais confortável que fossem apresentadas com menos certezas.

Vejam aqui: Terá existido Jesus da Nazaré

Assalto a Turku: dia 10, dia de regresso

Dia sem história. Carro para a aeroporto, avião para Amesterdão, avião para porto, carro para casa, zzzzzz

Minto! Há um pormenor importante! Hoje comemos num restaurante digno desse nome, com vista para rio, comida a sério! 
Maravilha! 
Resumindo, foi uma experiência excelente!
Em termos de camaradagem entre portugueses e com os espanhóis não podia ter sido melhor. 
As provas foram na generalidade bastante boas e com mapas interessantes. 
As corriditas e treino de pedestre souberam que nem gingas.
Os Finlândeses, contra todas as expectativas, revelaram-se receptivos a conversas, piadas e até à invasão da sua bolha pessoal materializada através de palmadinhas nas costas! Beijinhos e abraços ficaram de fora!
O que ficou a faltar? Os resultados, pois claro. Estive concentrado e sempre a dar o meu melhor, mas um campeonato europeu é outro nível. É só craques…
Claro que falo dos meus resultados. O João e o Luís portaram-se muito bem 🙂
E pronto, fim de capitulo. 

Assalto a Turku, dia 9

Dia de TempO, aquela disciplina onde passamos horas em quarentena para cinco minutos de prova. 
A zona das qualificatórias era bonita com muitas pedras o que problemas pouco subjectivos. Apesar disso e graças a uma sinalética de “base de esporão” com baliza bem no esporão e a menos de quatro metros da base criou o caos. 
Houve uma reclamação e a estação foi anulada e, graças a isso, o João deixou de estar apurado. O João protestou a anulação mas não lhe deram razão. No entanto, decidiram que ele e um inglês que tinham sido afastados da final pela anulação também iriam ser classificados para a final. Menos mal..
O Luís ficou uns lugares aquém da final e eu nem se fala…
Na final, o João manteve a coerência, já que tinha sido o último apurado … 😛

A noite acabou taaaaarde. Depois de uma jantarada preparada pelos amigos espanhóis estivemos a jogar “liberais e fascistas” até às duas da manhã. Curiosamente a polícia não apareceu para nos mandar fazer menos barulho 🙂

Cláudio nas Nuvens