Roménia, dia 4: Iasi

O guia diz que Iasi é a capital da cultura da Romênia, por isso viemos cá espreitar.
Iasi tem um “palácio da cultura”, um colosso com exatamente 100 anos e que alberga 4 museus e, pelo menos uma, sala de espectáculos.
É um edifício esplendoroso digno de ser apreciado por fora e por dentro. Só foi pena não haver nenhum espectáculo na noite em que lá estivemos.
Para complementar a cultura tivemos direito a religião. Começaram no dia em que lá chegamos as festas de uma santa que há-de ter um nome complicado começado por P e que agora não me apetece ir procurar. As festas atraem centenas de milhares de pessoas. Deu para ver muito pessoal das aldeias e mais ciganos que o costume (ao contrário do que eu pensava não se vêem muitos).
Havia missa cantada por um coro e de vez em quando um padre vinha cantar o refrão ao “altar”, mostrava o cachecol e ia-se embora. Havia muita maltita a preencher papéis. Imagino que pedidos…
Na rua havia tonéis de água benta! Um par de dezenas de tonéis de alguns 100 litros.
Água benta à borla! Se os fiéis de Fátima sabem…
Mas antes disto tudo como começou à chegada a Iasi: como era um apartamento de self check-in, primeiro tivemos de desvendar um problema de geocaching para encontrar a chave e entrar no apartamento. Depois, quando entrámos, abri um armário e deparei-me com um maço de notas de 50 euros! Tirei uma foto e enviei para o WhatsApp da gestão do apartamento. “Isso é o pagamento do cliente anterior, a empregada da limpeza esqueceu-se de tirar. Ela já aí vai”. WTF? Mas é falso, disse eu! Resumindo, eles falaram com o cliente que ainda estava noutro alojamento deles e ele pagou em Leis.
Não percebi bem o que se passou, mas eu acho que aquele dinheiro ficou ali esquecido, não era para pagar o apartamento mas para passar durante as festividades religiosas…
Ah! Já me esquecia! Ainda conseguimos atolar o carro na lama num local onde não havia ninguém! Descobri que uma simples pessoa a empurrar um carro a patinar na lama faz milagres. Foi giro! Lama por todo o lado. Deixei um belo rasto de lama nos alojamento da noite seguinte e à segunda vez que ia a subir as escadas cruzei-me com o moço que trata dos quartos. Apontou para os meus pés e disse: foste tu! Ooops
Info extra:
Tinha uma ideia um bocado negativa da Roménia, imaginei um país pobre e pouco modernizado. A verdade é, logo a começar pelo parque automóvel, não se nota diferença em relação a Portugal. Talvez menos teslas mas para compensar vi um cybertruck. As pessoas são em tudo muito idênticas a nós, na fisionomia, na roupa, até a sacana da língua soa muita vez a português. As estradas são boas e também há alguns chicos espertos mas nada de especial. No entanto, nas zonas mais remotas nota-se alguma pobreza e cidades com edifícios velhos e não conservados e também têm um problema com cães abandonados que polulam por todo o lado e sempre com tendência para atravessar a estrada.
Ps: fomos tentar espreitar a república da moldova mas como a nossa agência de aluguer não deixava entrar e como parecia que os últimos 500 metros de estrada não davam parte voltar atrás optamos por ficar ali a ver de longe.

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