Contos e moralidades bacocas

E-mail enviado ao DN em resposta ao “conto de natal” do Sr. Neves:

Os contos e as suas respectivas parábolas, analogias, morais e lições de vida não são espelhos da realidade. São visões distorcidas e parciais da visão que o autor tem sobre o mundo.

No seu ternurento conto de Natal, João Cesar das Neves faz uma analogia entre a crise financeira e a nossa divida com deus. Bonito (especialmente se tirarmos o fundamentalismo mais básico da frase “A única forma verdadeira de viver é numa total e profunda dependência deste Deus que nos dá tudo.”) mas parcial, é claro. Analogia idêntica podia ser feita entre a crise financeira e o “nosso” investimento feito em deus : “Pedro investiu tempo, suor, sangue e dinheiro na sua fé em deus, teve um azar na vida e quando foi pedir dividendos do seu investimento descobriu que deus era virtual (uma espécie de fraude em pirâmide), e não só não obteve dividendos como perdeu todo o seu investimento.”.

Qual dos dois contos está certo? Ambos e nenhum! São Estórias, servem para entreter, mais nada!

Porque é que o Natal é a 25 de Dezembro

Tirado da Wikipedia (mas lido em muitos outros sitios)

A celebração do Natal Cristão em 25 de dezembro surgiu por paralelo com as solenidades do Deus Mitra, cujo nascimento era comemorado no Solstício (de inverno no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul). No calendário romano este solstício acontecia erroneamente no dia 25, em vez de 21 ou 22.

Acontece que a Igreja Católica em contraposição ao culto prestado a Mitra, adotou o mesmo dia para qual seria realizado a comemoração ao nascimento de Jesus Cristo. Era costume da Igreja Católica pegar elementos pagãos para santificá-los, sem que, com isso, tornar-se defeituosa a fé cristã, ou seja, não alterava a essência de suas crenças. Isso tudo para trazer conversões. Diz Cardeal John Henry Newman em referência a outras adoções: “O emprego de templos, e estes dedicados a certos santos, e enfeitados em ocasiões com ramos de árvores; incenso, lâmpadas e velas; ofertas votivas ao restabelecer-se de doenças; água benta; asilos; dias santos e estações, uso de calendários, procissões, bênçãos dos campos, vestimentas sacerdotais, a tonsura, a aliança nos casamentos, o virar-se para o Oriente, imagens numa data ulterior, talvez o cantochão e o Kyrie Eleison [o canto “Senhor, Tende Piedade”], são todos de origem pagã e santificados pela sua adoção na Igreja.” (Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã)

Os romanos comemoravam na madrugada de 24 de dezembro o “Nascimento do Invicto” como alusão do alvorecer de um novo sol, com o nascimento do Menino Mitra.

É muito possível que o cristianismo tenha plagiado também o Mitraísmo aderindo às comemorações no dia 25 de dezembro.

Esta foi a razão que levou algumas vertentes do cristianismo,como por exemplo as Testemunhas de Jeová, a não participarem de festividades natalinas.

Os Mercados II

E-Mail enviado ao Região de Leiria

Publicado na secção “Cartas do Leitor” no Região de Leiria de 3 de Dezembro

Francisco Figueiredo  na sua crónica “Das Margens do Liz” [última página da edição de 19 de Novembro] liga a taxa de juro à divida Portuguesa ao discurso dos políticos. Segue o pensamento geral de que, se nos portarmos bem, os mercados tratam-nos bem. Lamento, mas não tem sorte nenhuma. Esse discurso permanente dos órgãos de comunicação não tem pés para andar. Aconselho o Francisco a consultar os dados sobre as taxas de juros para Portugal e a Irlanda. Vai verificar que nos últimos meses andaram de mãos dadas; quando uma sobe a outra sobe, quando uma desce a outra desce. Das duas umas, ou na Irlanda os políticos têm o mesmo discurso nos mesmos dias que os políticos Portugueses ou então a taxa de juro não têm nada a ver com o discurso político interno. Eu aposto na segunda.

Cláudio Tereso
Marinha Grande

Os “mercados”

Estou um bocadinho farto dos “mercados”! Não podemos discutir que os “mercados” ouvem, não podemos peidar que os “mercados” cheiram…

Os “mercados” são uma grande tanga, é o que é. Ou melhor, os “mercados” querem dinheiro para prostitutas e droga.

Acham mesmo que o juro ao país varia por causa do que cá se passa ou deixa de passar?

gráfico surripiado do esquerda republicana : o misterioso caso dos neurónios desaparecidos.

Itália : O país anedota

Aplica-se à Itália aquele fantástico ditado : “Só visto, contado ninguém acredita”.

1.Tem um primeiro-ministro que se diz católico e é um dos homens mais asquerosos (eu parto do surreal princípio que ser católico DEVIA ser incompatível com ser asqueroso) que alguma vez abriu a boca com um microfone à frente.

no Público:

É melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay…

…A declaração surge quando a oposição pede a demissão de Berlusconi após a alegações de que ele teria ajudado uma jovem de 17 anos que esteve em festas na sua casa, pedindo à polícia que libertasse a rapariga, detida por suspeitas de furto. O primeiro-ministro italiano recusa-se a pedir desculpas e recusa ter tido algum comportamento menos próprio.

Claro que anda tudo a falar do que ele disse, que não interessa nada, já sabe que ele é estúpido e esqueceram completamente o que interessa: Já é, pelo menos, a segunda vez que este mrds* aparece a pagar a menores para estarem presentes nas suas festas particulares!

2.Sempre foi para a frente a lei que permite suspender jogadores de futebol que blasfemem (blasfémia : Dito ímpio ou insultante contra o que se considera como sagrado.) como eu tinha referido aqui.

no  Público:

…Nicola Pozzi foi suspenso na quarta-feira por um jogo por ter alegadamente proferido, no final do jogo de domingo contra o Cesena, para a Liga italiana, a expressão tida como ultrajante “Porco Dio” (Porco Deus)….”

Economia, nem só de Medinas Carreiras vive o Mundo

Boaventura de Sousa Santos na Visão

A opinião pública portuguesa está a ser intoxicada por comentaristas políticos e económicos conservadores – dominam os media como em nenhum outro país europeu – para quem o Estado social se reduz a impostos: os seus filhos são educados em colégios privados, têm bons seguros de saúde, sentir-se-iam em perigo de vida se tivessem que recorrer “à choldra dos hospitais públicos”, não usam transportes públicos, auferem chorudos salários ou acumulam chorudas pensões.

e James Petra na Voltaire

A partir do primeiro trimestre deste ano, os lucros das empresas [companhias petrolíferas, os banqueiros e muitas outras grandes empresas] dispararam entre vinte a mais de cem por cento…O acréscimo dos lucros empresariais é consequência directa do agravamento das crises da classe trabalhadora, dos funcionários públicos e privados e das pequenas e médias empresas.

A Iª República vista por Rui Tavares

Tirado do blog do Rui Tavares

Parece que a Iª República cometeu o grande pecado de ser uma balbúrdia, — mas por oposição a quê? Pelos vistos, deve haver quem ache que o resto do mundo era, naquele primeiro quartel do século XX, uma espécie de pacífico jardim.

Não era; desde ocupantes de cargos eleitos a cabeças coroadas, do primeiro-ministro de Espanha ao arquiduque da Áustria, houve homicídios para todos os gostos naquela época…

Em South Fulton (EUA) quem não paga não tem direito a bombeiros

Os bombeiros de South Fultons só apagam incêndios dentro do limite da cidade, quem mora fora tem de pagar $75 anuais à Camara Municipal.

Uns desgraçados, que moram no lado de fora do limite da cidade, viram a casa deles arder enquanto um vizinho via a dele salva pelos bombeiros. O vizinho tinha pago, ele não.

Vejam o video:

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Cláudio nas Nuvens