EUA (costa leste) : Mai 2005

Diário

Providence – Rhode Island – Pior Maio nos últimos 40 anos

Pois é, chuva e vento foram o prato do dia, mas até teve as suas vantagens: Percorremos Provindence sem nunca suar 🙂

Está-se bem por aqui, a cidade é pacata, muitos edificios antigos estilo colonialismo britanico, poucos edificios com mais de 4 andares, malta do mais simpático que há – ao nivel dos Irlandeses ou ainda mais, praticamente nenhuns parolos, malta de gangs, gordos anafados e outro tipo de pessoal pouco interessante associado aos States.

Quando Viajo, dá-me um gozo muito especial apreciar as pequenas diferenças que existem de país para país. Hoje, por exemplo fomos a um banco onde além de venderem chocolates tinham a caixa forte mesmo ali à frente de toda a gente, estilo velho Oeste. Outro aspecto curioso é a maneira completamente desleixada como praticamente toda a gente se veste, transformando a minha moda de andar de sandálias com meias em um verdadeiro fato de gala!
E pronto, havia mais duas toneladas de coisas para contar, mas estou a morrer de sono……

E já me esquecia, a passagem na alfandega foi completamente pacifica, sem revistas nem policias armados até aos dentes.
Pois é, este foi definitivamente um dia negro para o Anti-Americanismo. Claro que Providence não é representativo dos EUA e se viemos a New England com essa noção, mas foi defenitivamente uma surpresa muito agradável.

Cape Cod e Newport

Hoje foi um dia de caixão à cova. Estamos estafadissimos.
Isto continua tudo na mesma onda – paisagens verdes e casas de madeira com grandes jardins.
Em Newport existe tambem o estilo “palacio grande como à porra, mas que raio quem vive em casas tão grandes?” representadas nas fotos..
Encontrámos uma “piquena” Portuguesa que está a fazer doutoramento em bilogia molecular em Harvard que nos convenceu a ir a Nova York. Vamos ver se conseguimos.

Acabámos de sair do único Starbucks de Providence que faltava visitar.
Para quem não conhece, os Starbucks são uma cadeia de cafés com bolos excelentes e um ambiente fantástico.
Têm sempre uma bela selecção de sofás e cadeirões o que os tornam em
locais ideias para estudar ou simplesmente estar, muitas vezes com direito a lareira.
Além disso têm acesso sem fios à Internet. 🙂
Será que podemos fazer um abaixo-assinado para transformar os MacDonald’s Portugueses em Starbucks? Era muito fixe!

A caminho de Boston

Estamos neste momento no autocarro que nos leva para Boston, deixando para trás Provindence onde as universidades ‘Brown University’ e ‘Rhode Island School of Design’ e respectivos alunos dominam o ambiente da cidade.

A RISD é particularmente interessante. Para começar os alunos são uns cromos sempre de pastas de desenho debaixo do braço ou às costas. O campus universtário está todo espalhado pela cidade em edifios antigos onde o caos aparente nos fáz sentir em casa.. Literalmente!
Visitámos tambem o seu museu onde juntamente com picassos e mumias estavam expostos trabalhos dos alunos. E tivemos ainda oportunidade de assistir no auditório da escola, velho e em mau estado que chegue, à apresentação dos trabalhos de animação e video dos alunos junior.

….

Tenho estado a apreciar a paisagem na viagem que nos leva a Boston e há duas coisas que saltam à vista:muitos buracos/remendos na estrada e obras.
Enfim, é um desabafo, tirem as vossas conclusões.

Um dia em Boston

Todas as grandes cidades têm partes agradáveis. Quando já se viram muitas começa ser dificil encontrar ‘elementos’ novos ou que chamem a atenção.
Pois bem, Boston conseguiu fazê-lo. Se inicialmente não conseguimos ver nada que nos chamasse a atenção (a não ser as dezenas de esquilos no jardim) essa sensação durou pouco tempo. Assim que começámos a percorrer a ‘freedom trail’ (percurso que percorre os edificios que fizeram parte da história da independencia Americana) mudámos de ideia. Boston tem uma colecção de edificios antigos (200/300 anos) e de tamanho avantajado bastante interessante.
Vistos a partir do rio e tendo como fundo a meia duzia de arranha-céus espelhados que há em Boston, ficamos com uma visão pouco comum.

E agora estou a ficar sem bateria e o comboio tambem está a chegar ao destino, onde se tudo correr conforme planeado estará a Fátima à nossa espera…

Eu vi o sonho americano, e era verde…

…tambem tinha milhões de mosquitos irritantes, mas é um preço pequeno a pagar para viver rodeado de bosques intermináveis e rios, pantanos, charcos e poças.

Também não podemos esquecer os esquilos, os ticos e os tecos (chipmonkeys, mas não sei como se diz em Português), os alces e inclusivé perus, mas estes últimos não vi, apesar de ter usado as técnicas de caça do Obelix.
Mesclado neste paraiso verde selvagem, existe outro. Também verde, mas aparado com todo o cuidado num ritual que já nos habituamos a ver nos filmes americanos e claro, nos Simpsons.
É no meio deste verde aparado que encontramos o expoente máximo do sonho americano, as elegantes casas de madeira alinhadas e suficientemente afastadas para quando se quer falar com o vizinho do lado seja necessário gritar.

Por estas bandas, podemos ver todos os clássicos americanos:
– As vendas de garagem
– Os putos a vender limonada no passeio
– Os jornais atirados para a entrada das casas
– o barbeque Nas traseiras
– e claro, as bandeiras americanas exibidas até à exaustão como se fosse preciso mostrar ao vizinho do lado que somos mais patriotas que ele.. Haja paciencia.

Mas esta história das bandeiras tem muito que se lhe diga. Concerteza fartos de ver bandeiras todas iguais, a malta começou a inovar. E assim, quando é natal, Zas, bandeiras com o pai natal. Na pascoa temos ovos, no dia de acção de graças perus, tambem temos bandeiras a desejar as boas-vindas, e claro tambem se veêm bandeiras de clubes. Enfim, uma verdadeira bandeiromania!

Convém salientar, para que não venham todos a correr, que este ambiente não é geral! Estamos a falar, daquilo que vi, de algumas centenas de casas com este ambiente. É certo que de um modo geral do que vi até agora na Nova Inglaterra dominam o verde,a calma e as vivendas de madeira, mas este local é um mundo à parte.

E é neste paraiso, que vive a Fátima que se soubesse o que a esperava aqui, estou certo que tinha vindo tão depressa que até a sombra ficava em Portugal.

Obrigado Fátima, Mindo, Michael e Chanell pela maneira como nos receberam.

Nova York – a cidade que nunca dorme..

…mas isso é problema dela, nós dormimos muito bem, apesar de o hotel ter custado uma pipa!

À boa vida em central park

Aqui por estas bandas ninguem ensinou que apanhar sol é na praia, sendo assim nada melhor que vir para aos magodes para Central Park em fato de banho. Mas CP não é só banhistas (de sol), tambem há corredores, ciclistas e patinadores. Tantos que para se atravessar as vias è preciso cuidado para não ser atropelado.
De uma maneira geral Nova York não é nada do outro mundo, é só uma cidade em formato XXXL e como tem tamanho tambem tem diversidade, Isto se a virmos de dia, porque de noite os edificios ganham vida sob a forma monitores gigantes e as ruas enchem-se de turistas, artistas e locais transformando NY, pelo menos na Brodway, onde passámos a noite no que espero seja o hotel que mais caro ficou nos próximos 200 anos .. Ou mais!

Mas uma coisa a certa, do alto dos 30 andares onde ficava o nosso quarto, tinhamos uma vista fabulosa sobre a cidade viva.
E por falar em alto, tentámos ir ao Empire State Building hoje de manhã mas tinha uma fila com 100 metros e mudámos de ideias.

Nova York já lá vai

E nós estamos de volta à provincia. Depois de termos passado a noite no autocarro de NY para Boston (até às 5 da manhã) estamos agora (6 da manhã) a caminho de Portsmouth, a norte de Boston no estado New Hamshire.

Quanto a NY, curtimos definitivamente Times Square à noite, o resto é paisagem 🙂

Últimos cartuchos…

Portsmouth está visto e a bateria está nas últimas.

Vamos voltar para Boston, tentar fazer um cruzeiro de observação de baleias e dar maisumas voltas para gastar tempo até à hora do avião.

EUA – Cap. Final

E cheguei às considerações finais, aos pormenores que me chamaram a atenção e aos quais ainda não fiz referência.

De um modo geral, fiquei bastante surpreendido por não me surpreender com os EUA. Pensei que me ia sentir como peixe fora de água com as extravangancias americanas. Como já referi anteriormente, os carros são maiores, as casas são maiores, os bolos são maiores e consequentemente as pessoas tambem. Mas tirando isto aparenta um qualquer pais europeu.
Há no entanto algumas coisas que me chamaram a atenção:
– Fala-se MUITO Espanhol.Praticamente tudo está em Inglês e Espanhol
– Há drive-ins para tudo, até no banco há caixas drive-in
– Não vimos medidas exageradas de segurança. O unico local com excesso de policias era Nova York, mas eram uns cromos fixes sempre a comer e dispostos a pousar para as fotos dos turistas

E que me lembre agora, é tudo.
E como saldo geral posso dizer que gostei, e que fiquei com vontade de voltar para conhecer a zona mais a norte – de Boston até ao Canadá 😉

Fotos
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Cláudio nas Nuvens