Economia, nem só de Medinas Carreiras vive o Mundo

Boaventura de Sousa Santos na Visão

A opinião pública portuguesa está a ser intoxicada por comentaristas políticos e económicos conservadores – dominam os media como em nenhum outro país europeu – para quem o Estado social se reduz a impostos: os seus filhos são educados em colégios privados, têm bons seguros de saúde, sentir-se-iam em perigo de vida se tivessem que recorrer “à choldra dos hospitais públicos”, não usam transportes públicos, auferem chorudos salários ou acumulam chorudas pensões.

e James Petra na Voltaire

A partir do primeiro trimestre deste ano, os lucros das empresas [companhias petrolíferas, os banqueiros e muitas outras grandes empresas] dispararam entre vinte a mais de cem por cento…O acréscimo dos lucros empresariais é consequência directa do agravamento das crises da classe trabalhadora, dos funcionários públicos e privados e das pequenas e médias empresas.

A Iª República vista por Rui Tavares

Tirado do blog do Rui Tavares

Parece que a Iª República cometeu o grande pecado de ser uma balbúrdia, — mas por oposição a quê? Pelos vistos, deve haver quem ache que o resto do mundo era, naquele primeiro quartel do século XX, uma espécie de pacífico jardim.

Não era; desde ocupantes de cargos eleitos a cabeças coroadas, do primeiro-ministro de Espanha ao arquiduque da Áustria, houve homicídios para todos os gostos naquela época…

Em South Fulton (EUA) quem não paga não tem direito a bombeiros

Os bombeiros de South Fultons só apagam incêndios dentro do limite da cidade, quem mora fora tem de pagar $75 anuais à Camara Municipal.

Uns desgraçados, que moram no lado de fora do limite da cidade, viram a casa deles arder enquanto um vizinho via a dele salva pelos bombeiros. O vizinho tinha pago, ele não.

Vejam o video:

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Aprenda a Ser um Vidente em 10 Lições

Ainda não está com tradução a 100%, mas se for esperar que esteja nunca mais o publico.

“Este panfleto Produzido pela Skeptics Society e traduzido por mim com autorização prévia não pretende ensinar ninguém a ser vidente. antes pelo contrário, pretende desmascarar os videntes mostrando as técnicas simples que usam para enganar os clientes.”


As mentiras descaradas do Rato Zinger

Ratzinger agora deu em mentir descaradamente. Dizer que Hitler pretendia tirar deus da face da terra é uma mentira grosseira. Nem vou perder tempo a desmentir isso. Muitas pessoas já o fizeram por mim.

Por exemplo o Ricardo Alves na Esquerda Republicana:

“…Noutro discurso, em Agosto de 1934, Hitler afirmou: «o Nacional Socialismo não se opõe à Igreja nem é anti-religioso, pelo contrário, está no campo de um verdadeiro cristianismo. Os interesses da Igreja não podem deixar de coincidir com os nossos no nosso combate contra os sintomas de degenerescência no mundo de hoje (…)»…”

e também o Richard Dawkins na marcha de protesto à visita de Ratzinger ao Reino Unido

Actualização 28/5/2015

Estou a ler o Mein Kampf o que vem corroborar o que já disse acima. Quem tiver dúvidas que o Hitler além de completamente louco, era crente em alguma entidade superior que leia a magnum opus dele.

Um Português No Texas

O Filipe Castro mora no Texas e costuma blogar sobre o que é viver bem no meio do Bible Belt.

De vez em quando escreve verdadeiras pérolas, o post Sexo! Sexo! Sexo!. é uma delas!

Para um europeu é incomodativo viver entre estes puritanos. Penso que nem o Santana Lopes – que como se sabe não é esquisito – aguentava isto. São tão porcalhões! Há 10 anos, numa piscina pública, um pai de uma criança pediu-me para “pôr a parte de cima do bikini” à minha filha de dois anos.

Negacionismo Católico

O trabalho de um crítico aos beatos do DN não têm fim!

O cónego João César das Neves escreveu um belo texto de lavagem do passado da Igreja Católica. Eis a minha resposta:

“Chegou a Portugal, pelas mãos de João César das Neves, o negacionismo. Não o já conhecido negacionismo nazi em relação ao Holocausto, mas o negacionismo católico em relação às barbaridades cometidas pela Igreja Católica durante os séculos em que praticamente o mundo inteiro foi o seu fedo.

Esta tendência de moldar a historia e a ciência para colocar o cristianismo como religião/filosofia/modo de vida dominante no mundo é muito comum no EUA onde as mais estranhas teorias são defendidas por pseudo-cientistas e pseudo-historiadores. Chega-se ao ponto de estar marcada para Novembro próximo uma convenção “científica” a defender o geocentrismo (teoria que diz que a Terra está no centro do universo e que segundo um estudo de 2005 convence 20% dos Americanos!)

Pois bem, foi a um destes pseudo-historiadores Norte-Americanos, Rodney Stark, que o Sr. Neves foi buscar a versão da história que apresenta na sua coluna de opinião do DN. Convém salientar que Stark está sozinho nas teorias que defende, pois segundo consegui apurar mais nenhum autor conhecido as defende. Não é extraordinário como o Sr. Neves faz tábua rasa de milhares de historiadores e milhares de documentos para ir atrás do primeiro que lhe diz o que ele quer ouvir?

Mas, mais importante que analisar o chorrilho de asneiras que o Sr. Neves apresenta no seu texto é enquadrá-lo na tendência que tem vindo a terreno na Europa de aumentar a influência da religião Católica na sociedade. Ao abrigo do ódio ao islamismo que vai crescendo no mundo e da fragilidade causada pela crise, a Igreja tem aproveitado para recuperar a influência que perdeu nas últimas décadas. Convém estarmos atentos.”

Fé vs Ciência

Alberto Gonçalves armou-se ontem no DN em teólogo no seu texto “Deus e os dados”. Tenta menosprezar a afirmação de Stephen Hawking (“Não é necessário que evoquemos Deus para iluminar as coisas e criar o universo”) com um texto filosófico completamente inócuo. Eu dei-lhe o troco na mesma moeda:
“Alberto Gonçalves, sociólogo com coluna no DN e com tiques de teólogo, acordou certa manhã e decidiu que Deus existe. Apesar de se dizer não crente acha que a fé é suficiente para justificar a existência de Deus e que a ciência não tem “poder” sobre a fé. Evoca Oakeshott, um filósofo conservador que faleceu há 20 anos, uma eternidade em termos de pensamento e descobertas cientificas, para justificar o erro que é misturar fé com ciência.

Já não vou a tempo de informar Oakeshott, mas posso informar Alberto Gonçalves que graças à psicobiologia, à neurobiologia e outras ciências semelhantes “brevemente” saberemos a origem da fé, que, digo eu, deve ficar alojada no cérebro algures entre a imaginação e o desejo. É óbvio que perceber porque e de onde vem a fé não vai acabar com Deus. Primeiro porque algumas (muitas) pessoas precisam de fé para aguentarem as agruras da vida e depois porque a religião é um industria absurdamente rentável e obviamente que os seus protagonistas não estão disponíveis para perder os seus rendimentos. Para Alberto Gonçalves Deus pode existir sem ser real, isto porque existe na fé, parente próxima do sonho, onde as coisas podem existir e não ter que dar provas da sua existência. Filosoficamente divertido, mas completamente irrelevante em termos de compressão da Nossa existência.”

(publicado na secção de leitores do DN de 7/Set/2010)

Cláudio nas Nuvens